Plano Municipal de Saneamento Básico - Habisp
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Os <strong>Plano</strong>s Diretores, ao introduzirem a figura das zonas especiais <strong>de</strong> interesse social, as<br />
ZEIS, amparam legalmente abordagens ampliadas, isto é, da escala <strong>de</strong> um loteamento<br />
ou favela, para ações integradas <strong>de</strong> planejamento e projeto urbano. Trata-se <strong>de</strong><br />
introduzir novas práticas <strong>de</strong> gestão e projeto, on<strong>de</strong> o Urbanismo tem papel relevante.<br />
Assim sendo, a intervenção urbana nas periferias <strong>de</strong>ve evoluir da dimensão do <strong>Plano</strong> e<br />
<strong>de</strong> um Programa e avançar para a do projeto urbano, para alcançar o objetivo <strong>de</strong><br />
qualificar essas áreas.<br />
A política <strong>de</strong> regularização <strong>de</strong> assentamentos ao adotar ações integradas por sub-bacias<br />
hidrográficas, conforme prevê o “Programa <strong>de</strong> Microbacias Prioritárias e Favelas<br />
Complementares”, respon<strong>de</strong> a um novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> atuação pública nos assentamentos<br />
informais, que conjuga regularização e saneamento ambiental <strong>de</strong> trechos urbanos.<br />
A forma como o tecido urbano se <strong>de</strong>senvolveu, tanto nas áreas consolidadas, quanto<br />
nas áreas <strong>de</strong> expansão urbana, provocou impactos significativos, principalmente na re<strong>de</strong><br />
hídrica do Município <strong>de</strong> São Paulo. Sistemas incompletos <strong>de</strong> esgotamento sanitário e<br />
impermeabilização excessiva do solo redundaram em eventos cada vez mais<br />
recorrentes <strong>de</strong> enchentes e em níveis cada vez mais elevados <strong>de</strong> poluição das coleções<br />
<strong>de</strong> água.<br />
O <strong>de</strong>scumprimento das leis <strong>de</strong> parcelamento do solo, cada vez mais restritivas, e a<br />
incapacida<strong>de</strong> do po<strong>de</strong>r público em aten<strong>de</strong>r novos assentamentos com infra-estrutura<br />
a<strong>de</strong>quada nas áreas <strong>de</strong> expansão urbana, ou para completar a infra-estrutura nas áreas<br />
consolidadas, levou a uma realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alta impermeabilização do solo, ausência <strong>de</strong><br />
áreas ver<strong>de</strong>s públicas e elevadas taxas <strong>de</strong> insalubrida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> poluição hídrica,<br />
principalmente nas áreas urbanas. Contribuiu também a dificulda<strong>de</strong> em aten<strong>de</strong>r a<br />
<strong>de</strong>manda por habitação <strong>de</strong> uma população cada vez mais empobrecida.<br />
Mudanças nessa realida<strong>de</strong> precisam ser consi<strong>de</strong>radas, tanto nas áreas <strong>de</strong> expansão<br />
urbana, em toda sua heterogeneida<strong>de</strong>, quanto nas áreas em transformação. Nesse<br />
contexto, os rios e córregos e suas margens ganham importância ímpar; são o lócus<br />
privilegiado <strong>de</strong>ssa mudança, que, no entanto, somente acontecerá com uma<br />
requalificação completa do tecido urbano <strong>de</strong> suas bacias e <strong>de</strong> suas relações regionais.<br />
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