Plano Municipal de Saneamento Básico - Habisp
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2.3 Melhorias <strong>de</strong> Infraestrutura nas Periferias<br />
2.3.1 Comentários Gerais<br />
No <strong>de</strong>correr da década <strong>de</strong> 1970, a questão da periferia no Município <strong>de</strong> São Paulo<br />
configurou-se como uma questão social <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s proporções, e intensificaram-se os<br />
movimentos sociais pela regularização e implantação <strong>de</strong> serviços urbanos. As condições<br />
sob as quais o po<strong>de</strong>r público controlava a ocupação urbana e os instrumentos <strong>de</strong> gestão<br />
disponíveis não sofreram alterações significativas até fins <strong>de</strong>ssa década, restringiam-se<br />
a leis <strong>de</strong> parcelamento, uso e ocupação do solo.<br />
No período compreendido entre a década <strong>de</strong> 1950 e 1970, a mancha urbana<br />
metropolitana que irradiava a partir do Município-se<strong>de</strong> São Paulo, teve um crescimento<br />
expressivo sob o impacto do aumento populacional e da multiplicação <strong>de</strong> loteamentos<br />
ilegais nas periferias. Nesse período, a ocupação irregular ou clan<strong>de</strong>stina do espaço<br />
urbano só fez reproduzir-se, agravando as condições <strong>de</strong> assentamento dos pobres na<br />
metrópole e reforçando o padrão <strong>de</strong>lineado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os anos 1940.<br />
A ausência <strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong> controle do crescimento urbano no seu período mais<br />
dinâmico, restrito a leis <strong>de</strong> parcelamento do solo, tornou-se uma marca da<br />
metropolização paulistana.<br />
É importante sublinhar que apenas em 2001, com a nova legislação fe<strong>de</strong>ral (Estatuto da<br />
Cida<strong>de</strong>) conseguiu-se reverter a ausência <strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong> controle mais efetivos e<br />
ampliar <strong>de</strong> forma segura a atuação do po<strong>de</strong>r publico nas áreas informais.<br />
2.3.2 Primeiras Melhorias na Periferia - <strong>Saneamento</strong> <strong>Básico</strong><br />
O crescimento populacional das décadas <strong>de</strong> 1950 e 1960, nos padrões já apresentados,<br />
foi acompanhado <strong>de</strong> um ritmo lento <strong>de</strong> atendimento dos serviços <strong>de</strong> saneamento básico.<br />
Mesmo com relação ao abastecimento <strong>de</strong> água, não se conseguiu ultrapassar a faixa<br />
dos 60% nessas décadas.<br />
Em meados da década <strong>de</strong> 1970, no entanto, a evolução no número <strong>de</strong> ligações<br />
domiciliares começou a superar a evolução no número <strong>de</strong> domicílios, o que refletiu em<br />
um aumento das taxas <strong>de</strong> atendimento. Ao final da década, 80% dos domicílios<br />
contavam com abastecimento público <strong>de</strong> água potável.<br />
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