revista do instituto geográfico e histórico da bahia - IGHB

p.15). Nóbrega encarregou o padre Salvador Rodrigues da primeira
escola criada pelo irmão Vicente Rodrigues na vila do
Pereira e transferida para Salvador. Vicente Rijo, como também
era conhecido o primeiro mestre-escola, estava com a saúde
abalada e foi enviado a Porto Seguro a ver se melhorava, com a
mudança de ares, da sua otite e dores de cabeça freqüentes.
No ano seguinte chegaram vinte novos órfãos de Lisboa,
com bulas para se ordenar confrarias; os órfãos foram repartidos
entre os colégios de Salvador, Espírito Santo e São Vicente,
passando de 1551 em diante, a escola da Bahia a designar-se
Colégio dos Meninos de Jesus, entidade jurídica com bens
imóveis e de raiz. Nesta confraria a direção espiritual e docente
ficava a cargo dos jesuítas, mas os bens, móveis e imóveis, e
toda a administração temporal, era confiada a uma comissão de
seculares incumbida de zelar pelos interesses temporais da Confraria
dos Meninos (MATTOS, 1958, p. 46 e 50).
Em 1551 Nóbrega foi com o padre Antonio Pires para
Pernambuco, onde fundou um Recolhimento de moças e iniciou
uma Casa de Meninos. Deixou aí o padre Antonio Pires e retornou
em 1552 a Salvador, consolidando o Colégio dos meninos de
Jesus (FERREIRA, 1966, p. 32,39 e LEITE, 1993, p. 6).
Quando, em 1552, chegou à Bahia o bispo D. Pero
Fernandes Sardinha, ficou de início no colégio dos padres jesuítas,
mas logo entrou em conflito com eles pela forma com que
tratavam os indígenas, que não lhe parecia correta.
Nesse ano, em viagem ao sul, Nóbrega se entendeu com
colonos de Ilhéus, Porto Seguro e Espírito Santo para dar início
à construção de colégios. Em Porto Seguro já o padre Navarro
tinha organizado um externato e, no Espírito Santo, o padre Afon-
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