revista do instituto geográfico e histórico da bahia - IGHB

do só alcançou a cadeira número 19, por insinuação indireta dos
seus conterrâneos.. Por esta razão, o Acadêmico Edivaldo Machado
Boaventura incluiu-o entre os que, naquela Casa, devem ser
considerados detentores de candidaturas comunitárias, um grande
“achado” para justificar a aceitação de seus nomes, graças à manifestação
silenciosa, mas sempre justa, do reconhecimento popular.
Não se empenhou, como muitos, em postular uma Cadeira
na Casa de Arlindo Fragoso. Nela ingressou, portanto, por méritos
que lhe foram reconhecidos, sem que jamais se impusesse
pela presença contínua no Palacete Góes Calmon ou pela insinuação
da “procura” do apoio formal daqueles que poderiam
postular a seu favor.
Esta independência em relação “política” de conchavos e
de “troca de favores” é, para todos que assim se comportam,
uma atitude inegociável, prazerosa e confortadora como só pode
ser tudo quanto se reveste de autenticidade.
O historiador baiano
Cid Teixeira faz parte daqueles cultores da história que foram
forjados na prática sistemática do estudo e na aplicação à
pesquisa. Salvador é o assunto da sua predileção e a Bahia sua
maior paixão intelectual. Conhece, como poucos, os entrelaçamentos
das estirpes familiares do seu Estado natal.
Poderia, se assim o desejasse, dar continuidade à tradição
iniciada pelo frade pernambucano Fr. Antonio de Santa Maria
Jaboatão, que publicou seu Catálogo em 1768, bem assim os
que lhe seguiram os passos.
Rev. Inst. Geogr. Hist. Bahia, Salvador, v. 103, p. 259-268, 2008 267
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