revista do instituto geográfico e histórico da bahia - IGHB

tam. Mas quando a terra é a que lhe serviu de berço, a simples
atração transforma-se em amor.
Hoje é um dia em que os uauaenses, unidos, sem divergência
de qualquer ordem, deveriam se perguntar: De onde viemos,
quais as primeiras famílias que nesta terra deitaram raízes? Por
que escolhemos Uauá para viver?
A primeira noticia de Uauá vem da época em que era uma
fazenda de gado, pertencente à Casa da Torre dos Garcia d’Ávila
de Tatuapara, arrendada temporariamente a André Gonçalves
Batista, mas logo depois vendida ao capitão Nicolau da Costa
Silva, juiz trienal e morador na freguesia de Jeremoabo, da qual
Uauá recebia muita influência, embora fizesse parte do território
de Monte Santo até se emancipar em 1926. Por influência do
sergipano Bernardino José de Souza, secretário de Estado do
governo Arthur Neiva, Uauá voltou em 1931 a pertencer a Monte
Santo na condição de subprefeitura, só retornando como município
em 19 de setembro de 1933, a mesma data de restabelecimento
de Cumbe e de Pombal.
Com exceção de poucas fazendas, Canudos era uma delas,
as terras situadas entre Uauá e Jeremoabo pertenciam aos
“Rabelo de Morais”, “Pires da Fonseca” e “Costa Silva” que,
na verdade, formavam uma única família. Este trecho corresponde
ao Alto Vaza-Barris que tem o nascedouro na terra do
“vagalume”, conforme a tradução do topônimo Uauá por
Theodoro Sampaio no seu O Tupi na Geografia Nacional.
A fazenda onde vai nascer a sede do município de Uauá
pertencerá a três pessoas com a morte, em 1831, do capitão
Nicolau da Costa Silva: Guilherme, Constantina e Ana Vitorina.
Em 1840 os três herdeiros convencionaram o seguinte: A fazen-
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