14.04.2013 Views

revista do instituto geográfico e histórico da bahia - IGHB

revista do instituto geográfico e histórico da bahia - IGHB

revista do instituto geográfico e histórico da bahia - IGHB

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

na Península nunca precisaram ultrapassar 40 mil homens, incluin<strong>do</strong><br />

a “King´s German Legion” e tropas portuguesas.<br />

Wellington soube, assim, aproveitar as bases marítimas<br />

portuguesas, enquanto as linhas de abastecimento francês se<br />

estendiam até França.<br />

Terá também de se ter em atenção a interdependência entre<br />

a ação <strong>do</strong> exército regular anglo-luso e a ativi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s forças<br />

irregulares, que impedia a concentração de grandes forças<br />

francesas, que se tinham de dispersar 72 . Nesse senti<strong>do</strong>, uma “[...]<br />

vez que o poder francês na Península só dispunha de um poder<br />

militar desafia<strong>do</strong>, foi possível, em Portugal e na Espanha, conduzir<br />

uma guerra de libertação nacional e, em menos de dez<br />

meses, Junot (por exemplo) pôde ser expulso, quan<strong>do</strong> a<br />

hegemonia napoleônica era ain<strong>da</strong> total em to<strong>da</strong> a Europa” 73 .<br />

necessarily complex in its execution. All he had to <strong>do</strong> was avoid defeat”. E<br />

ain<strong>da</strong>: “His [...] consideration was for the location of a defensive position<br />

which, by virtue of its geographical attributes, could be rendered strong enough<br />

for his small Anglo-allied force to <strong>do</strong> battle against the full might of Napoleon´s<br />

Imperial armies on equal terms”.<br />

72 Portugal e Espanha foram, juntamente com o Tirol e a Calábria, <strong>da</strong>s grandes<br />

revoltas arma<strong>da</strong>s prolonga<strong>da</strong>s que se opuseram a Napoleão. Relativamente a<br />

Portugal, por exemplo, a luta popular contra as “invasões” é objeto <strong>da</strong> obra de<br />

ficção “Morte aos franceses” (Publicações Europa-América), de C. S. Forrester,<br />

um autor que muito escreveu sobre as Guerras Napoleônicas, que conta como<br />

um sol<strong>da</strong><strong>do</strong> profissional inglês organiza e coman<strong>da</strong> guerrilheiros portugueses<br />

contra as tropas francesas entre a Batalha <strong>do</strong> Buçaco e as Linhas de Torres. Em<br />

Portugal, contu<strong>do</strong>, essa ação militar irregular, em parte conduzi<strong>da</strong>s pelos (ou<br />

alguns) corpos de ordenanças não se encontrará ain<strong>da</strong>, porventura, estu<strong>da</strong><strong>da</strong> e<br />

explica<strong>da</strong>. Os corpos de ordenanças eram forças de defesa territorial, profun<strong>da</strong>mente<br />

articula<strong>da</strong>s com a estrutura social <strong>da</strong>s terras que defendiam. Assim,<br />

seria interessante ver, por exemplo, quais corpos de ordenanças lutavam, que<br />

territórios representavam, e quais os seus coman<strong>do</strong>s e como estes se organizavam<br />

(e como eram financia<strong>do</strong>s).<br />

73 Jorge Borges de Mace<strong>do</strong>, op. cit., p. 15/16.<br />

Rev. Inst. Geogr. Hist. Bahia, Salva<strong>do</strong>r, v. 103, p. 165-211, 2008 199<br />

IGH-2.pmd 199<br />

28/11/2008, 08:36

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!