revista do instituto geográfico e histórico da bahia - IGHB

pulação do Porto amotina-se a 18 contra os invasores, reunindo-se
a resistência em torno do Bispo D. António de Castro,
que organiza um Governo Provisório, a Junta Provisional de Supremo
Governo, que deterá a supremacia sobre outras Juntas
Governativas que se formam. Proclamaria D. António 49 : “Às
armas, Portugueses, para nos libertarmos de uns ímpios [...] que
a título de proteção vêm arrancar as nossas vidas e os nossos
bens [...]”. Dá-se, também a 18 de Junho, o combate de Peso
da Régua, em que os franceses são derrotados. Nesse mesmo
dia, levanta-se o Algarve.
Rebela-se todo o país, exceto Lisboa. A 1 de Julho, marcham
de Lisboa 4 000 franceses para submeter o Algarve. A 30
desse mês, invadem violentamente Évora.
Com vista à libertação dos portos, o Forte da Nazaré é
tomado por pescadores, e o da Figueira da Foz por estudantes
de Coimbra.
Entre as medidas da Junta do Porto para combater os franceses,
encontram-se as seguintes: nomeação de uma comissão
de militares, lançamento de impostos para fazer face às despesas
de guerra e pedido de ajuda (nomeadamente em forma de
equipamento) à Inglaterra.
A 1º de agosto, após entendimento com a Junta Provisional,
desembarcam na Figueira da Foz as primeiras tropas inglesas,
comandadas por Arthur Wellesley, futuro Duque de Wellington,
Já em agosto de 1808, vem argumentar Junot aos habitantes
de Lisboa 50 que: “A Espanha quer invadir, e fazer de Portu-
49 Raul Brandão, op. cit., p. 232
50 Proclamação de 16/8/1808, citada por Raul Brandão (op. cit., p. 214).
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