revista do instituto geográfico e histórico da bahia - IGHB

A fim de atender à crescente demanda da sociedade, à
medida que passaram os anos, foi-se tornando evidente que a
rede de Universidades privadas não teria como substituir, substancialmente,
a rede pública no exercício da função pesquisa.
Havia sido, justamente, para ajustar-se a esse campo de atuação,
que as Universidades públicas se haviam submetido, com
sucesso, à reestruturação desencadeada na década de 1960.
Ainda não é unânime entre as lideranças do nosso país, a
convicção de que a função pesquisa seja parcela essencial à
vida universitária. A formação de pesquisadores e o preparo
sistemático dos futuros professores para o nível superior de ensino
têm de estar afetos às universidades, ou deixarão de existir
nas sociedades que negligenciarem essas obrigações. Não há
como substituir, no nosso ambiente acadêmico, as Universidades
públicas nesse mister. E qualquer sociedade que prescinda
da pesquisa técnico-científica na presente “era do conhecimento”
não terá como adaptar-se ao mundo moderno e irá retroceder.
Ao atingir 60 anos desde a sua fundação, a Universidade
Federal da Bahia vem assumindo novos encargos. Sabem nossos
conterrâneos que a bela Capital do Estado e a região que a
circunda, conhecida como Recôncavo Baiano, constituem o principal
centro demográfico, econômico e cultural do Estado da
Bahia, que ocupa área superior a 560.000Km2, e excede, portanto,
a de vários países europeus, inclusive a da França. A cidade
do Salvador e a região circunjacente, historicamente, têm
absorvido a maior parte dos investimentos destinados à infraestrutura
física e social e oferecido a parcela maior dos empregos
melhor remunerados, em todo o Estado. Deverá ser essa a
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