revista do instituto geográfico e histórico da bahia - IGHB

educação. No início do século XIX, antes de proclamada a nossa
independência, ainda com a presença da família real portuguesa
em território brasileiro, foram instalados outros cursos para a
preparação dos profissionais dos quais a população necessitava
com a maior urgência. Na área da saúde, além do situado em
Salvador e já mencionado, instalou-se outro, no mesmo ano, no
Rio de Janeiro. No campo do Direito, instituíram-se, também,
um em São Paulo e outro em Recife. A Escola Central do Exército,
criada poucos anos depois, desempenhou, parcialmente, o
papel de uma Escola Politécnica.
Implantaram-se esses cursos sem qualquer vínculo com
outras entidades de natureza cultural – nem com outras escolas
superiores para configurarem uma Universidade, nem, tão pouco,
com Academias ou Sociedades científicas e literárias. As
Faculdades resultantes da evolução desses cursos foram completas
em si mesmas, pois cada qual oferecia o ensino de todas
as disciplinas necessárias à obtenção do diploma, incluindo as
disciplinas básicas, de feitio propedêutico e as que transmitem
os conhecimentos, as habilidades e as atitudes pertinentes ao
exercício de uma profissão.
Foi este o modelo único e exclusivo – o de escolas profissionais
isoladas e completas em si mesmas – que serviu a todos
os estabelecimentos de ensino superior que funcionaram no Brasil
até o começo da década de 1930. Tratava-se de adaptações
do modelo francês, dito “napoleônico”. Malgrado os imensos
serviços prestados pelas Escolas organizadas segundo esse
modelo, ao longo de mais de um século, significaram elas nova
demora na implantação de Universidades que tivessem como
compromissos institucionais, além da formação de profissio-
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