revista do instituto geográfico e histórico da bahia - IGHB

portantes cargos públicos. Inicialmente, dirigiu a Biblioteca Pública
do Estado, a Secretaria do Interior e Justiça e integrou o
Tribunal de Contas do Estado da Bahia. Foi deputado à Assembléia
Constituinte de 1947 e continuou na representação até 1955.
A presença de Jorge Calmon foi marcante na Universidade
Federal da Bahia. Como um dos fundadores da Faculdade de
Filosofia Ciências e Letras, ao lado de Isaías Alves, Thales de
Azevedo e outros expoentes da cultura baiana, ajudou a erguer
um dos importantes pilares para a existência da Universidade.
Regeu a cátedra de História da América e legou estudos sobre
essa matéria. Mas foi na imprensa que se realizou plenamente.
Ascendeu de repórter a secretário de redação de A TARDE, de
redator-chefe a diretor do jornal. A associação do seu nome
com A TARDE é uma ligação consensual. A sua liderança neste
periódico terminou por identificar a personalidade com o papel
de jornalista, efetivamente, exercido.
Responsável por um importante órgão da imprensa baiana,
tinha posições definidas, segurança na liderança e energia pronta
e decidida no comando. Não tergiversava com os auxiliares
no acatamento à linha do jornal, colocando-o sempre no altíssimo
plano da autonomia, do respeito ao leitor e do acesso à notícia.
A sua vida profissional de jornalista condicionou o seu estilo
de escritor. Confessou, certa feita:
Jornalista tenho sido, mais que qualquer outra coisa,
no terreno das letras. Salvo um ou outro texto,
que vieram a lume sob forma diversa, até as páginas
que poderiam – como benevolência – classificar
como de literatura, e alguns modestos estudos,
foi em jornal que se publicaram. É como se
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