revista do instituto geográfico e histórico da bahia - IGHB

O que prometeu-nos gozar sob os melhores auspícios, falseou-se
infelizmente, os males que teve em vista extirpar ficarão
subsistindo, e parte desta geração que aderiu à glória de seu dia,
falsária e má, criou em sua propaganda nacionais degenerados.
O pensamento desta legítima e briosa revolução tem sido,
pois, iludido porque a independência ainda não se fez.
O comércio fonte da riqueza nacional, entregue aos estrangeiros
portugueses nossos inimigos, que ao passo que apresentam
riquezas opulentas vêem na miséria os filhos do país, a quem
opressora legislação os faz lutar com os maiores embaraços da
inquisição de quaisquer riquezas.
A agricultura que devia passo a passo acoroçoar o comércio
depois que por felicidade nossa extinguiu-se o tráfico de
carne humana [...] de nossa nascente [...] dia a dia, a esperar do
governo que [...] seus melhoramentos que lhe alcance meios para
sua [...] mede a profundidade do abismo para o qual caminha.
De momento a momento se multiplicam os onerosos impostos
e vexações para o povo, que trabalha com o suor de seu
rosto somente para riquezas colossais de seus ministros, e para
pobreza e miséria sua.
Estes ministros, seus primeiros funcionários com responsabilidade
indefinida, mas inverificável, saem constantemente da
órbita de seus deveres e já hoje consideram quimérica a idéia
de seu castigo.
A nação o testemunha e convencida está de que não mais
deve acreditar em promessas, e sim nos fatos, que esta bandeira
fementida de conciliação que ultimamente levantou-se só teve
em vista calar no ânimo de todos os seus justos ressentimentos.
Rev. Inst. Geogr. Hist. Bahia, Salvador, v. 103, p. 319-322, 2008 321
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