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José Gomes Ferreira – A Poética do Canto e do Grito - Repositório ...

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Assim, para o poeta, o grito é expressão <strong>–</strong> embora angustiada <strong>–</strong> da liberdade:<br />

Ah! Não me enterrem vivo!<br />

Não me fechem num caixão como silêncio.<br />

Ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Grito</strong> (…)<br />

Morte é liberdade. (<strong>Ferreira</strong>, 1991:262)<br />

<strong>Grito</strong> e canto não se excluem mas entrecruzam-se, pois, como se depreende da<br />

leitura de Ramos Rosa:<br />

No próprio grito há uma força liberta<strong>do</strong>ra que a par da negação e no próprio interior<br />

dela, promove uma abertura e como que uma purificação em que a esperança,<br />

implicitamente, se renova (Rosa, 1986:7).<br />

E é pela presença fulcral e não disjuntiva desses <strong>do</strong>is pólos no Poeta Militante que<br />

defendemos a existência de uma <strong>Poética</strong> <strong>do</strong> <strong>Canto</strong> e <strong>do</strong> <strong>Grito</strong> em <strong>José</strong> <strong>Gomes</strong> <strong>Ferreira</strong>.<br />

sua escrita, exprimin<strong>do</strong>-as de acor<strong>do</strong> com as suas peculiaridades através <strong>do</strong> canto, <strong>do</strong> grito ou,<br />

frequentemente, de ambos.<br />

Para a definição / construção <strong>do</strong> Poeta Militante 153

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