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Plano Territorial de Desenvolvimento do Médio Tejo e Pinhal ...

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Certã, ou Sertã <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 1920, banhada por duas ribeiras, a Ribeira da<br />

Sertã, (ou ribeira Gran<strong>de</strong>), e a ribeira <strong>de</strong> Amioso (ou ribeira Pequena)<br />

localiza-se num vale xistoso cuja primitiva ocupação humana remonta<br />

à época romana com diversos vestígios arqueológicos que atestam a<br />

antiguida<strong>de</strong> <strong>do</strong> povoamento. O castelo <strong>de</strong> Sertório, associa<strong>do</strong> à lenda<br />

da fundação da Sertã, evi<strong>de</strong>ncia uma origem da época islâmica ainda<br />

que a tradição atribua a edificação <strong>do</strong> castelo a Sertório no ano 74<br />

a.C. No contexto das lutas pela Reconquista cristã da península Ibérica, o con<strong>de</strong> D.<br />

Henrique <strong>de</strong> Borgonha (1095-1112), teria <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> o repovoamento <strong>do</strong> local bem como<br />

a reedificação <strong>do</strong> seu castelo.<br />

Terra <strong>de</strong> Gastronomia gulosa cujas receitas enriquecem as mesas <strong>de</strong><br />

aprecia<strong>do</strong>res da arte culinárias <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a aguar<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> medronho, o<br />

cabrito estona<strong>do</strong> e ao queijo <strong>de</strong> Oleiros, os maranhos ou bucho<br />

rechea<strong>do</strong> da Sertã, a cereja <strong>de</strong> Proença-a-Nova, a sopa <strong>de</strong> peixe, o<br />

cabrito assa<strong>do</strong> e enchi<strong>do</strong>s, além <strong>de</strong> <strong>do</strong>ces típicos como o arroz <strong>do</strong>ce<br />

e as broas <strong>de</strong> mel <strong>de</strong> Vila <strong>de</strong> Rei e o saboroso presunto ou o arroz <strong>de</strong><br />

lampreia <strong>de</strong> Mação e o seu azeite e mel que colorem as suas ementas.<br />

Os ventos que sopram a favor <strong>de</strong> uma região com a perfeição da natureza pontualmente<br />

retocada, on<strong>de</strong> o sol irradia por entre as vastas extensões florestais e pronunciam a beleza<br />

das paisagens e a riqueza histórica muitas vezes não anotada nas heranças escritas que<br />

sobreviveram ao longo <strong>do</strong>s séculos. “À medida que perseguimos o barulho da água, os<br />

<strong>de</strong>graus em xisto coloca<strong>do</strong>s pelo homem transmutam-se em <strong>de</strong>graus naturais esculpi<strong>do</strong>s na<br />

rocha pela natureza”, com um banco <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira vira<strong>do</strong> para a encosta, envoltos pelo<br />

silêncio tocante <strong>de</strong>stas terras <strong>do</strong> interior “talvez se <strong>de</strong>scubra uma verda<strong>de</strong> primordial<br />

escondida na simplicida<strong>de</strong> daquilo que se olha”.<br />

<strong>Médio</strong> <strong>Tejo</strong> e <strong>Pinhal</strong> Interior Sul - Programa <strong>Territorial</strong> <strong>de</strong> <strong>Desenvolvimento</strong> Parte I– 25

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