Capítulo I - Repositório Institucional da UFSC

More documents

Recommendations

Info

Capítulo II _________________________________________________ A MORENINHA: sobre mulheres e para mulheres
Capítulo II _________________________________________________ A MORENINHA: sobre mulheres e para mulheres (...) se a missão do romancista fosse copiar os fatos, tais quais eles se dão na vida, a arte era uma coisa inútil; a memória substituiria a imaginação. (Machado de Assis) Como já afirmamos no capítulo anterior, no século XIX houve um projeto de nacionalização do país, reforçado justamente por um movimento que, ao mesmo tempo em que fornecia ao mundo literário brasileiro diretrizes para esse novo momento, despertou em alguns escritores da época o desafio de se desvencilharem, não propriamente dessas diretrizes, mas de uma forma literária simplesmente de arremedo. Pode-se dizer que enquanto alguns desses autores pretenderam não se prender aos padrões literários europeus, outros souberam conciliar a influência estrangeira com a nova literatura nacional que aqui se produzia. Como afirma Guimarães, a percepção das reais condições do país e as limitações colocadas à produção intelectual pela carência de leitores viria a conscientizar os homens de letras de que era preciso ajustar o tom do romance europeu às condições acústicas locais 69 . Para melhor compreender a importância para a literatura brasileira do surgimento da obra que estudaremos nesse capítulo, A Moreninha, julgamos pertinente recordar, ainda que rapidamente, o contexto no qual se deu a sua criação. No final do século XVIII começam a surgir as primeiras manifestações de uma modificação na forma de pensar e agir do homem nas sociedades ocidentais. Em oposição ao estilo neoclássico, aparecem novas idéias anunciadoras de um novo horizonte histórico, tomando a literatura na Europa novos contornos. Com a Revolução Industrial a vida social fica dividida: de um lado a burguesia industrial e do outro o surgimento da classe operária, formada pelo proletariado urbano. A 69 GUIMARÃES, Hélio de Seixas. Os leitores de Machado de Assis: o romance machadiano e o público de literatura no século 19. São Paulo: Nankin Editorial: EDUSP, 2004, p. 63.
Page 1 and 2: JOSIANE APARECIDA FRANZÓ PERFIS FE
Page 3 and 4: À minha família maravilhosa, pres
Page 5 and 6: “O que se deve exigir do escritor
Page 7 and 8: RÉSUMÉ __________________________
Page 9 and 10: INTRODUÇÃO ______________________
Page 11 and 12: Entretanto, o autor começa a perce
Page 13 and 14: Um poeta não é nacional só porqu
Page 15 and 16: Capítulo I _______________________
Page 17 and 18: Nas formas de vida coletiva podem a
Page 19 and 20: antigo, tradicional e o início da
Page 21 and 22: Mas não seria de admirar que vivê
Page 23 and 24: curiosidade e seu desejo de estar e
Page 25 and 26: social traços bem distintos aos da
Page 27 and 28: volume de escravos deu à Corte as
Page 29 and 30: derrota e observa atentamente os as
Page 31 and 32: O trecho utilizado por Mattos do ro
Page 33: tipicamente local entre diferentes
Page 37 and 38: provocando no povo o sentimento do
Page 39 and 40: Em A Moreninha, temos, de um lado,
Page 41 and 42: gratos requebros, estes três infin
Page 43 and 44: estrutura determinada pela posiçã
Page 45 and 46: um currículo visando preparar a mu
Page 47 and 48: importado da França, encontra um t
Page 49 and 50: corruptos, estudantes descompromiss
Page 51 and 52: De qualquer modo, o valor literári
Page 53 and 54: o romantismo brasileiro. Pois D. Ca
Page 55 and 56: fosse ministra de Estado, e a paten
Page 57 and 58: Na manhã de sábado, no primeiro m
Page 59 and 60: Como era de se esperar, a miscigena
Page 61 and 62: sentimentalismo, no emprego exagera
Page 63 and 64: como das bastas madeixas negras e d
Page 65 and 66: Capítulo III _____________________
Page 67 and 68: nivela 146 . No romance que comenta
Page 69 and 70: de famílias abastadas dos centros
Page 71 and 72: encontrava-se o comércio sexual. C
Page 73 and 74: Como já dissemos anteriormente, as
Page 75 and 76: “cortejando respeitosamente” a
Page 77 and 78: Lúcia, assim como Moreninha, tem u
Page 79 and 80: necessidade, se deixou levar para u
Page 81 and 82: exemplo claro dessa superioridade f
Page 83 and 84: não, se Lucíola é um romance gen
Page 85 and 86:
juvenil e que depois são os primei
Page 87 and 88:
É preciso dizer que toda trajetór
Page 89 and 90:
nesse momento se buscava a formaç
Page 91 and 92:
uma perdida!” 202 Nessa linha de
Page 93 and 94:
Capítulo IV ______________________
Page 95 and 96:
todas as transformações sofridas
Page 97 and 98:
posição exigia. Seria possível,
Page 99 and 100:
Embora o caráter de Guiomar, se eq
Page 101 and 102:
Oswald podia contar com um lugar de
Page 103 and 104:
interrompa. A inglesa obedeceu e sa
Page 105 and 106:
105 - Tudo se perdeu, disse enfim o
Page 107 and 108:
107 o primeiro que o leitor lhe ouv
Page 109 and 110:
patriarcal - uma ordem baseada na e
Page 111 and 112:
preferia vegetar à toa, vivendo do
Page 113 and 114:
de exercer uma profissão que, para
Page 115 and 116:
já havia conquistado até ali e, d
Page 117 and 118:
117 romântica, nem piegas, nem lhe
Page 119 and 120:
sossegado, não louco e cego como o
Page 121 and 122:
parasita, herdeiro do nome do pai e
Page 123 and 124:
acordo quanto à inépcia dos crit
Page 125 and 126:
Considerações finais Em apenas um
Page 127 and 128:
impossibilita sua inserção na soc
Page 129 and 130:
apadrinhamento, herança ou outra o
Page 131 and 132:
BETHELL, Leslie. A abolição do tr
Page 133 and 134:
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raíze
Page 135 and 136:
SERRA, Tania Rebelo Costa. Joaquim
show all

Capítulo I - Repositório Institucional da UFSC

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

Delete template?

Save as template?