Artigos do 18° COLE publicados na revista LTP - 9ª parte

Resumo
PROCESSOS INFERENCIAIS EM ATIVIDADES ESCOLARES DE LEITURA E O (RE)
CONHECIMENTO DA VOZ DO ALUNO-LEITOR
Diego da Silva Vargas 1
Este trabalho visa a problematizar o ensino de leitura
mediado por livros didáticos na escola brasileira. Se por um
lado, pesquisas demonstram que naturalmente inferimos
enquanto lemos, por outro apontam que os livros didáticos de
língua portuguesa ignoram esses processos, apontando quase
que exclusivamente para a linearidade do texto. Buscando
entender os processos inferenciais desenvolvidos pelos alunos
ao responderem as atividades de leitura apresentadas nos livros
didáticos, partimos dos pressupostos da Psicolinguística e da
Linguística Cognitiva para compreender a inferência como o
resultado da articulação entre o conhecimento prévio do leitor
e as informações novas trazidas pelo texto lido. Esse processo
torna-se então único para cada leitor. Entretanto, o livro didático,
com foco no controle da interação estabelecida no espaço da
sala de aula, ignora os processos inferenciais dos alunos que
com ele interagem, uma vez que busca o desenvolvimento
de práticas de “homogeneização da escuta”. Apesar disso, a
análise de respostas dadas por alunos de escolas públicas do 9º
ano do ensino fundamental nos demonstra que eles continuam
“gritando”, gerando inferências e buscando serem ouvidos.
Palavras-chave
Inferência, livro didático, leitura, cognição, ensino.
Resumen
Este trabajo busca la problematización de la enseñanza de
lectura mediada por los libros didácticos en la escuela brasileña.
Investigaciones demuestran que naturalmente los lectores infi eren
mientras leen. Sin embargo, también nos muestran que los libros
didácticos de lengua portuguesa ignoran esos procesos, una vez
que señalan casi exclusivamente la linealidad del texto. Buscando
entender los procesos inferenciales desarrolados por los alumnos
al contestar las actividades de lectura presentadas en los libros
didácticos, partimos del aporte teórico de la Psicolinguística
y de la Linguística Cognitiva para comprender la inferencia
como resultado de la articulación entre el conocimiento previo
del lector y las nuevas informaciones traídas por el texto leído.
Ese proceso es único para cada lector. No obstante, el libro
didáctico, buscando el control de la interacción establecida en
el aula, ignora los procesos inferenciales de los alumnos que
con él interactúan, una vez que busca al desarrollo de prácticas
de “homogeneización de la escucha”. Pese a eso, el análisis de
las respuestas dadas por los alumnos de escuelas públicas del
9º año de la enseñanza fundamental nos revela que ellos siguen
“gritando”, generando inferencias y buscando que les oigan.
Palabras-clave
Inferencia; libro didáctico; lectura; cognición; enseñanza.
1 - Fundação Municipal de Educação de Niterói (FME-Niterói) e Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro (FAETEC-RJ).