Artigos do 18° COLE publicados na revista LTP - 9ª parte
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LEITURA E LITERATURA NA ESCOLA LIVRE PORTO NA PERSPECTIVA DA PEDAGOGIA WALDORF<br />
modifi can<strong>do</strong> substancialmente os conceitos de educação escolar<br />
no mun<strong>do</strong>, jovens e crianças desenvolvem a criatividade, a auto<br />
estima e o discernimento para o pensar objetivo e uma visão<br />
mais ampla e completa <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>.<br />
A Pedagogia Wal<strong>do</strong>rf possui um campo de aplicação que se<br />
estende <strong>do</strong> ensino fundamental até o ensino médio. No ensino<br />
fundamental com a idade de sete anos e no ensino médio com<br />
idade de dezoito anos. Como suas características nunca se<br />
esgotam por possuir vários detalhes possui em si uma que é<br />
considerada como o princípio <strong>do</strong> sistema Wal<strong>do</strong>rf que é: “a<br />
de ser um corpo vivo, suscetível de assumir formas e aspectos<br />
diferentes de acor<strong>do</strong> com as circunstâncias reais e concretas<br />
de um determi<strong>na</strong><strong>do</strong> meio social, de um país, de uma legislação<br />
vigente em matéria de Educação” (LANZ, 2005, p.115).<br />
Na perspectiva sociointeracionista, <strong>na</strong> qual se fundamentou<br />
este estu<strong>do</strong>, a leitura é concebida como um processo de interação<br />
entre o leitor e o texto. O primeiro busca realizar os objetivos<br />
informacio<strong>na</strong>is a que se propõe ao ler determi<strong>na</strong><strong>do</strong> texto. É o<br />
leitor quem constrói o signifi ca<strong>do</strong> <strong>do</strong> texto, entendi<strong>do</strong> como<br />
uma construção que envolve o texto, e os conhecimentos (Solé,<br />
1998, p. 22). Foi constata<strong>do</strong> que <strong>na</strong> pedagogia Wal<strong>do</strong>rf a leitura<br />
acontece por meio de diferentes vivências que se manifestam<br />
pela audição de música, recitação de poemas, dramatizações,<br />
teatro e, ainda por meio da compreensão de textos visuais, o<br />
que vai ao encontro das práticas sociais de leitura. Sokolov,<br />
(1995) a esse respeito informa que:<br />
Os professores Wal<strong>do</strong>rf começam o ensino da leitura<br />
através <strong>do</strong> cultivo, <strong>na</strong> criança, <strong>do</strong> senti<strong>do</strong> da linguagem<br />
e de suas capacidades em formar imagens mentais.<br />
(...) As crianças cantam e recitam um vasto repertório<br />
de canções e poemas que muitos acabam decoran<strong>do</strong>.<br />
As crianças vivenciam um mun<strong>do</strong> interior de que elas<br />
estão desenvolven<strong>do</strong> as mais importantes capacidades<br />
necessárias para a leitura compreensiva, para ler e<br />
entender. Elas aprendem <strong>na</strong>turalmente e alegremente<br />
(SOKOLOV, 1995, p.23).<br />
De acor<strong>do</strong> com Richter (2002, p.119) “a prática de leitura<br />
e da escrita no 4º ano está ligada, pelo conteú<strong>do</strong>, e com<br />
LEITURA: TEORIA & PRÁTICA (SUPLEMENTO), n.58, jun.2012<br />
frequência também formalmente aos conteú<strong>do</strong>s das primeiras<br />
classes”. Esse mesmo autor ressalta que dessa maneira “os<br />
alunos deparam com textos que já conhecem, já ouviram, já<br />
brincaram, já exercitaram sua sonoridade”.<br />
Conforme concebe os Parâmetros Curriculares Nacio<strong>na</strong>is<br />
(1997, p. 61) a Literatura infantil é considerada o material<br />
mais adequa<strong>do</strong> para um contato prazeroso da criança com a<br />
leitura por concentrar inúmeros atributos, entre os quais se<br />
destacam a qualidade da arte gráfi ca (ilustração e texto), o<br />
contexto imaginário, a diversidade de informações inerentes ao<br />
cotidiano e à afetividade da criança, etc. Na história, a criança<br />
se projeta momentaneamente nos perso<strong>na</strong>gens e penetra no<br />
mun<strong>do</strong> da fantasia, vivencian<strong>do</strong> um contato mais estreito com<br />
seus sentimentos e elaboran<strong>do</strong> seus confl itos e emoções. Desta<br />
maneira, ela cresce e se desenvolve. A história funcio<strong>na</strong> como<br />
uma ponte entre o real e o imaginário.<br />
A análise de da<strong>do</strong>s<br />
Para coleta e posterior análise de da<strong>do</strong>s foram utiliza<strong>do</strong>s o<br />
questionário e ent<strong>revista</strong> gravada com a professora. Foi aplica<strong>do</strong><br />
primeiramente um questionário para informações gerais quanto a<br />
da<strong>do</strong>s pessoais, formação e da<strong>do</strong>s profi ssio<strong>na</strong>is cujo objetivo era<br />
identifi car o perfi l da professora que trabalha com a turma <strong>do</strong> 4º<br />
ano da Escola Livre Porto Cuiabá. A ent<strong>revista</strong> gravada apresentou<br />
três tópicos: o primeiro referentes à formação leitora; o segun<strong>do</strong><br />
referente às concepções e práticas a partir <strong>do</strong>s pressupostos da<br />
Pedagogia Wal<strong>do</strong>rf e o terceiro referente às práticas de leituras.<br />
Ainda para a coleta, observei as aulas ministradas pela professora<br />
de classe que trabalha com as diversas áreas <strong>do</strong> conhecimento,<br />
especifi camente leitura, literatura e língua portuguesa.<br />
Resulta<strong>do</strong>s<br />
Responden<strong>do</strong> ao problema desta pesquisa, por meio <strong>do</strong>s<br />
objetivos traça<strong>do</strong>s, observação em sala de aula e ent<strong>revista</strong><br />
gravada foi possível encontrar respostas referentes à prática<br />
pedagógica da professora quanto à leitura e literatura infantil no<br />
fazer pedagógico <strong>na</strong> sala <strong>do</strong> 4º ano da Escola Livre Porto Cuiabá.<br />
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