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Artigos do 18° COLE publicados na revista LTP - 9ª parte

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LEITURA E LITERATURA NA ESCOLA LIVRE PORTO NA PERSPECTIVA DA PEDAGOGIA WALDORF<br />

to<strong>do</strong>s os âmbitos da vida pessoal, familiar, profi ssio<strong>na</strong>l, social<br />

e espiritual no senti<strong>do</strong> de promover uma contínua construção<br />

de si mesmo, <strong>do</strong> meio e das relações homem-meio, orienta<strong>do</strong>s<br />

pelos valores cristãos universais. Tem como cerne o impulso<br />

crítico para a Humanidade, de onde se origi<strong>na</strong>m os valores<br />

espirituais trabalha<strong>do</strong>s <strong>na</strong> mesma que são alicerça<strong>do</strong>s no Amor,<br />

Justiça, Igualdade, Liberdade etc.<br />

A Escola Livre Porto Cuiabá resume sua fi losofi a nos<br />

seguintes itens:<br />

• O Homem, obra prima da Criação <strong>na</strong> Terra, ser <strong>do</strong>ta<strong>do</strong><br />

de corpo, alma e espírito, necessitam de respeitar e ser<br />

respeita<strong>do</strong> no seu desenvolvimento <strong>na</strong>tural, para que possa<br />

fl uir <strong>na</strong> plenitude de suas potencialidades.<br />

• Como <strong>parte</strong> integrante <strong>do</strong> universo, submeti<strong>do</strong> às mesmas<br />

leis que o regem, o Homem é um ser capaz de evoluir,<br />

transforman<strong>do</strong>, impulsio<strong>na</strong>n<strong>do</strong> positivamente o mun<strong>do</strong> ao<br />

seu re<strong>do</strong>r.<br />

• A pessoa é o centro <strong>do</strong> processo educativo e o currículo,<br />

meto<strong>do</strong>logia e didática são meios de propiciar um<br />

desenvolvimento saudável para crianças e jovens, onde a<br />

informação acontece de forma mais ampla, carregada de<br />

vida, dada a imagem de Homem e de mun<strong>do</strong> que permeiam<br />

a Pedagogia.<br />

O processo de aprendizagem cultiva o equilíbrio <strong>do</strong> Pensar,<br />

Sentir e Querer humanos, evitan<strong>do</strong> to<strong>do</strong> e qualquer processo<br />

unilateral, optan<strong>do</strong> pela aquisição de conceitos móveis, passíveis<br />

de evolução, contextualiza<strong>do</strong>s, artisticamente compartilha<strong>do</strong>s.<br />

Pressupostos teóricos<br />

A pesquisa desenvolvida sobre a leitura e literatura infantil<br />

teve como teóricos importantes Chartier (1995) com estu<strong>do</strong>s sobre<br />

as práticas de leitura, Abramovich (1997), Oliveira (2005). Outros<br />

teóricos se fi zeram presentes por abordar questões relevantes sobre<br />

a Leitura e Literatura, entre eles: Paulo Freire (2008), Magda<br />

Soares (1999); Kleiman (2002 e 2004), Bakhtin (2006) que discute<br />

a linguagem como interação e os gêneros <strong>do</strong> discurso.<br />

LEITURA: TEORIA & PRÁTICA (SUPLEMENTO), n.58, jun.2012<br />

Os teóricos como Tobias Richter (1995); Ru<strong>do</strong>lf Lanz<br />

(1998); Ru<strong>do</strong>lf Steiner (1988e2000) e Ber<strong>na</strong>rd Lievegoed<br />

(1994) foram utiliza<strong>do</strong>s como base para explicitar a Pedagogia<br />

Wal<strong>do</strong>rf, tratan<strong>do</strong> da abordagem antroposófi ca e percorren<strong>do</strong><br />

to<strong>do</strong>s os planos ontológicos que compõem o ser humano desde<br />

o <strong>na</strong>scimento.<br />

Abramovich (1997, p.16) ressalta “Ah, como é importante<br />

para a formação de qualquer criança ouvir muitas, muitas<br />

histórias... escutá-las é o início da aprendizagem para ser<br />

leitor, e ser leitor é ter um caminho absolutamente infi nito de<br />

descoberta e de compreensão <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>”. A autora concebe<br />

que as crianças em conta<strong>do</strong> direto com o livro, ao fazer a<br />

leitura buscam <strong>na</strong> imagi<strong>na</strong>ção construir fatos imaginários e se<br />

posicio<strong>na</strong>r com suas concepções de mun<strong>do</strong>.<br />

Os livros de literatura infantil são instrumentos<br />

importantíssimos, pois ajudam despertar a imagi<strong>na</strong>ção não<br />

somente das crianças que não sabem ler ou escrever, uma vez<br />

que a partir deles a criança é capaz de produzir e reproduzir a<br />

própria história, dentro de uma versão única, a sua.<br />

Oliveira (2005, p.127), ao se referir à literatura afi rma que<br />

ela não é um veículo para a instrução moral ou cívica, mas<br />

como ela é <strong>parte</strong> da própria vida, educa com ela, com altos e<br />

baixos, luzes e sombras.<br />

Zilberman ao tratar a função da literatura infantil, apresenta<br />

a linguagem como um <strong>do</strong>s elementos adequa<strong>do</strong>s para a<br />

conquista da compreensão <strong>do</strong> real.<br />

A linguagem, que é o media<strong>do</strong>r entre a criança e o mun<strong>do</strong>,<br />

de mo<strong>do</strong> que, propician<strong>do</strong>, pela leitura, um alargamento<br />

<strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio linguístico, a literatura preencherá uma<br />

função de conhecimento: “o ler relacio<strong>na</strong>-se com o<br />

desenvolvimento linguístico da criança, com a formação<br />

da compreensão <strong>do</strong> fi ctício, com a função específi ca<br />

da fantasia infantil, com a credulidade <strong>na</strong> história e a<br />

aquisição <strong>do</strong> saber (ZILBERMAN, 2003, p.45,46).<br />

A literatura infantil pode proporcio<strong>na</strong>r à criança uma<br />

compreensão ampla da sociedade como um to<strong>do</strong>, partin<strong>do</strong> das<br />

problemáticas contidas <strong>na</strong>s obras.<br />

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