sair sozinho com o primo. A paciente coloca que ficou sábado à noite pensando que aqualquer momento o primo iria ligar, e o namorado iria sair com ele, o que a deixou commuita raiva, pensando: “Ele vai inventar algo para fazer na hora, e não vou poder ir”. Aestagiária procurou questionar os pensamentos de C, explicando novamente a maneira decomo os pensamentos interferem nos sentimentos e no próprio comportamento. A estagiáriaperguntou então, se afinal o namorado havia saído com primo, e a paciente disse que não,que o primo não havia ligado para convidar. Nessa situação, a paciente riu, demonstrandoperceber que entra num ciclo onde seus pensamentos automáticos negativos passam apredominar, e acaba por não refletir e agir de forma realística nas situações. A estagiáriaainda indagou sobre outras situações em que o primo estava na cidade, e como os fatoshaviam ocorrido. A paciente colocou que nem sempre o primo faz convites, e nem sempreque os faz, o namorado aceita. A paciente compreendeu que sua raiva e tristeza se tratavamnovamente do surgimento de seus pensamentos automáticos negativos infundados. Nessesentido, os pensamentos automáticos negativos foram combatidos com sucesso.A estagiária voltou a perguntar sobre avanços que a paciente percebe no processopsicoterápico, onde a mesma afirmou que, desde o início da psicoterapia, melhorou deforma extraordinária sua relação com o namorado, pois está conseguindo perceber seuspensamentos negativos, combatê-los, assim como está conseguindo ser mais assertiva emais empática. Outro avanço percebido pela paciente, está no fato de que está, aos poucos,se colocando mais nas situações sociais, fato este que é referido pela paciente como muitoimportante.Quando o assunto sobre habilidades sociais entrou em pauta, a estagiária indagousobre os assuntos que as amigas da paciente conversam, onde a paciente mencionouconversarem sobre: faculdade, namorados, bares, restaurantes, comida, shampoos, cortes decabelo, novela, roupas, falar mal uma da outra e filmes. Quando indagada sobre quaisdesses assuntos a paciente se sente mais a vontade para conversar, e quais aqueles em quefica retraída, C colocou que fica mais à vontade para conversar (embora fale pouco) sobre:- Faculdade (principalmente), namorados, filmes, comida, novela, falar mal dasoutras.No que se refere aos assuntos em que fica retraída para conversar com as amigas dafaculdade, C mencionou:104
- Shampoos, cortes de cabelo, roupas (isto porque não conhece as marcas, e nãoentende sobre o que fazem nos cabelos), bares e restaurantes (porque não conhece os que asamigas freqüentam).A estagiária então perguntou quais assuntos que a paciente gosta ou gostaria deconversar, onde esta respondeu: faculdade, filmes, namoro, falar sobre outros, novela,internet, festas que vai, comida. A paciente ainda colocou que suas maiores dificuldadesestão em, primeiramente falar em grupo, falar com pessoas mais velhas (sogra, tias, etc), efalar com alguma pessoa não tão amiga, quando esta estiver sozinha.Como forma de primeiramente instruir a respeito de habilidades sociais, no que serefere a como iniciar e manter conversações, a estagiária forneceu alguns capítulos do livro“Manual de Avaliação e Treinamento das Habilidades Sociais”, do Caballo, para a pacienteler. Questões tais como: o que dizer, como dizer, como se movimentar, para onde olhar, quetipo de perguntas fazer, como responder, etc., foram trabalhadas. Após extensa discussãosobre como “iniciar e manter conversas”, e após ler alguns dos trechos do livro, a estagiáriapropôs para a paciente que elas realizassem um Ensaio Comportamental e Role-Playing,com o objetivo de que a paciente, através do role-playing, mostrasse como se comportageralmente durante uma conversa, e através do ensaio, que aprendesse e visualizasse amaneira mais apropriada para se comportar durante uma conversa. A paciente, apesar deconsiderar complicados tais exercícios, topou fazê-los.Através do role-playing (onde a estagiária dramatizou o papel de uma amiga dafaculdade de C) a paciente começou por demonstrar que dificilmente olha para a outrapessoa na conversa, o que, com certeza, dificulta uma maior intimidade, e possibilidade dedemonstrar escuta e atenção. Sendo assim, o exercício foi valioso por a paciente teraprendido a importância do olhar numa conversação.Com o ensaio comportamental, a estagiária e a paciente se imaginaram numaconversa, onde a paciente iniciou a mesma, de forma que, quando emita um comportamentoadequado na situação (como olhar, balançar a cabeça, dizer “aham”, fazer perguntasabertas, responder adequadamente, etc.), a estagiária reforçava positivamente ocomportamento, procurando modelar o comportamento da paciente na situação. O exercíciofor realizado com grande sucesso, onde a paciente pôde perceber que, independente doassunto, ela pode iniciar uma conversa, assim como mantê-la.105
- Page 1 and 2:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATAR
- Page 3 and 4:
ÍNDICEII. Apresentação..........
- Page 5 and 6:
1ª Sessão .......................
- Page 7 and 8:
III. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICAPara u
- Page 9 and 10:
RANGÉ (2001a) atenta para o fato d
- Page 11 and 12:
Basicamente a terapia cognitiva vis
- Page 13 and 14:
Os bons momentos em terapia, ainda
- Page 15 and 16:
REGRAS OU ESQUEMASRegras ou esquema
- Page 17 and 18:
Para Erikson, citado por MUUSS (196
- Page 19 and 20:
A capacidade de construir ideais e
- Page 21 and 22:
de interrompê-los (grupo incontrol
- Page 23 and 24:
situações futuras. Porém, o suje
- Page 25 and 26:
depressão. É importante, então,
- Page 27 and 28:
ambiente e apresentar reforçadores
- Page 29 and 30:
são de natureza interpessoal.3. Um
- Page 31 and 32:
TAREFAS DE CASAUm aspecto central d
- Page 33 and 34:
nas situações de alto risco para
- Page 35 and 36:
o critério para apresentar o estí
- Page 37 and 38:
Os casos “G.D.B” e “M”, par
- Page 39 and 40:
conseguirá desempenhar bem uma tar
- Page 41 and 42:
A paciente, ao longo das sessões,
- Page 43 and 44:
conhecida no ônibus, embora não t
- Page 45 and 46:
Diz que atualmente tenta não chora
- Page 47 and 48:
Ter medo de que os outros não a ac
- Page 49 and 50:
aprenda a acreditar nas suas crenç
- Page 51 and 52:
2.Domingo3.Segunda4.Ontem(finaldeju
- Page 53 and 54: melhor amigo, o único parceiro de
- Page 55 and 56: mais vontade de ser amiga de pessoa
- Page 57 and 58: contextos em que C percebe serem ma
- Page 59 and 60: eforçamento positivo para a pacien
- Page 61 and 62: que sempre sente dificuldade em ped
- Page 63 and 64: lembrança da foto? Como lidar? Que
- Page 65 and 66: amigos”. A estagiária pediu que
- Page 67 and 68: Dos 5 itens referentes à Medo da d
- Page 69 and 70: - Medo de expressar sentimentos pos
- Page 71 and 72: C disse que no último sábado que
- Page 73 and 74: sexuais).6 Falar com o pai quando e
- Page 75 and 76: de C (quem cede mais na relação?)
- Page 77 and 78: percebeu muito isso, e o próprio n
- Page 79 and 80: sua sala, e que, por C ter começad
- Page 81 and 82: 7ª SESSÃO “C” (22/09/2005)Obj
- Page 83 and 84: e aumentar o repertório comportame
- Page 85 and 86: O namorado poderá não ir algum fi
- Page 87 and 88: naquele dia ele iria dormir sozinho
- Page 89 and 90: namorados, por exemplo. C disse que
- Page 91 and 92: Sábado em Raivacasa. Estou Vontade
- Page 93 and 94: A estagiária, de acordo com os enc
- Page 95 and 96: gostariam de ter filhas como suas p
- Page 97 and 98: A estagiária então pediu que C co
- Page 99 and 100: conseguido conversar com a irmã (
- Page 101 and 102: ela não iria contar a verdade, mas
- Page 103: 12º SESSÃO “C” (03/11/2005)Ob
- Page 107 and 108: mesmo. Analisar junto à paciente,
- Page 109 and 110: A paciente relatou que todas as noi
- Page 111 and 112: Encaminhamentos: Questionar pensame
- Page 113 and 114: Encaminhamentos: Verificar a situa
- Page 115 and 116: conversas, assim como se obrigará
- Page 117 and 118: variadas situações. Porém, perce
- Page 119 and 120: pensamento para ver o que acontece
- Page 121 and 122: mais o mesmo na semana seguinte, fa
- Page 123 and 124: de briga com a mãe. Perguntou aind
- Page 125 and 126: 2ª SESSÃO “G” (08/03/2005)Obj
- Page 127 and 128: a cliente sempre fala, de que a mã
- Page 129 and 130: Quando a estagiária demonstrou que
- Page 131 and 132: A paciente disse não querer casar
- Page 133 and 134: pai pare de tentar irritá-la. A pa
- Page 135 and 136: não sou de mentir, eu pensei que s
- Page 137 and 138: Com isso a paciente percebeu que po
- Page 139 and 140: Através das primeiras sessões já
- Page 141 and 142: De maneira geral observou-se que a
- Page 144 and 145: A estagiária procurou fazer uma ve
- Page 146 and 147: epertório comportamental, visto qu
- Page 148 and 149: dura mais que poucos minutos. Como
- Page 150 and 151: amizades se formam aos poucos. S di
- Page 152 and 153: Discussão: A paciente percebeu que
- Page 154 and 155:
Discussão: Provavelmente os amigos
- Page 156 and 157:
Discussão: Como uma adolescente, o
- Page 158 and 159:
distribuem os choros durante o dia
- Page 160 and 161:
à situação em que seu amigo a ch
- Page 162 and 163:
conteúdo com os amigos. S afirmou,
- Page 164 and 165:
1ª SESSÃO “G.D.B” (26/04/2005
- Page 166 and 167:
Ainda, o paciente passou 1 ano e 9
- Page 168 and 169:
gradualmente, o paciente poderá pr
- Page 170 and 171:
1 falta justificadaDepois de entrad
- Page 172 and 173:
Atualmente ele e sua família moram
- Page 174 and 175:
perda de sua casa, quando apesar de
- Page 176 and 177:
que deverão ser questionados e tra
- Page 178 and 179:
X. CONSIDERAÇÕES FINAISA partir d
- Page 180 and 181:
XI. REFERÊNCIAS BUBLIOGRÁFICASBEC
- Page 182 and 183:
XII. ANEXOSESSÕES TRANSCRITAS REFE
- Page 184 and 185:
P - Principalmente ele. Ele é adot
- Page 186 and 187:
T - Se fosse pra você me dizer, nu
- Page 188 and 189:
P - Eu queria que isso acabasse sab
- Page 190 and 191:
L - Foi fácil fazer? O que tu acho
- Page 192 and 193:
L - É?G - Porque minha mãe que co
- Page 194 and 195:
G - Aí agora ela ta boa, daqui uns
- Page 196 and 197:
na mesma casa, e ocorre sempre brig
- Page 198 and 199:
L - Daí lá na sala eles fizeram u
- Page 200 and 201:
L - E se tu passasse a conversar co
- Page 202 and 203:
L - Então ta, fica o mesmo horári
- Page 204 and 205:
T - É?P - Tudo. Ele é bem tolo.T
- Page 206 and 207:
"Ah, mas tu não tens consideraçã
- Page 208 and 209:
P - É, com a minha mãe assim, eu
- Page 210 and 211:
P - Só que aí eu nem pergunto nad
- Page 212 and 213:
T - Mas é que também muitas mulhe
- Page 214 and 215:
P - Eu acho que devo primeiro resol
- Page 216 and 217:
P - Não, minha mãe falou que quem
- Page 218 and 219:
T - Ele então não tem mais te irr
- Page 220 and 221:
T - É, acho interessante você fal
- Page 222 and 223:
daí eu falo: “Ah mãe, mas isso
- Page 224 and 225:
T - Que bom que você admite que qu
- Page 226 and 227:
T - Então, sobre toda essa situaç
- Page 228 and 229:
T - Aham.P - É que eu demoro basta
- Page 230 and 231:
T - E você falou isso pra ela? Que
- Page 232 and 233:
T - E não teria como você usar o
- Page 234 and 235:
T - Então (ri). É pior que o teu
- Page 236:
P - Aí esses dias eu falei pra min