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ABORDAGEM COGNITIVO - COMPORTAMENTAL NO ...

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conseguirá desempenhar bem uma tarefa. O padrão observado de desempenho atual de C édiferente do ideal (muito alto, levando ao perfeccionismo), o que a deixa preocupada maiscom critérios de avaliação externa, do que consigo própria.No que se refere ao seu relacionamento e dinâmica familiar, hipotetiza-se que, por apaciente possuir inúmeros pensamentos e crenças negativas, o relacionamento familiarpossa ser conturbado, o que pode colaborar para que C aprenda a acreditar nas própriascrenças e pensamentos automáticos, não conseguindo questioná-los e substituí-los. Aolongo das sessões observou-se que, de maneira geral, na relação da paciente com seus pais,apenas ocorrem discussões quando se trata de o pai levá-la e buscá-la nos lugares. Apaciente, por diversas vezes, se encontra num conflito entre satisfazer o namorado esatisfazer seus pais. De um lado, procura atender às exigências da família, e de outro, donamorado, abdicando por muitas vezes de sua própria vontade, o que no reportanecessariamente à falta de autonomia presente na paciente. Verificou-se que a pacienteainda é muito dependente dos pais, fato este que, embora trabalhado amplamente nassessões, não surtiu grandes mudanças em seu comportamento.Ao longo das sessões a paciente trouxe como demanda uma mudança a ser feita noseu repertório comportamental social, pois a mesma mostrou ter extremas dificuldades eminiciar e manter conversações, assim como falar em grupos, com pessoas mais velhas, etc.O repertório social da paciente, de maneira geral é limitado, possuindo como atividadesapenas as atividades acadêmicas, as familiares e as realizadas com o namorado. A pacientenão demonstra ter grandes amigos, ou seja, sua rede de apoio (reforçadores sociais) éescassa, limitando-se ao namorado e aos pais. O grande avanço observado ao longo daterapia, refere-se às habilidades sociais e à mudança que estas derivaram nos episódios dechoros (visto que depressão e reforçadores sociais se encontram relacionados).Supõe-se, ao longo das sessões, que C vem de um contexto e história familiar emque supostamente foi punida ou não reforçada na manifestação de suas exposições sociais.Nesse sentido, C acabou por não desenvolver habilidades sociais, tornando-se fóbica nessescontextos, na medida em que, como se constatou em suas falas iniciais, prefere evitarsituações que será "obrigada" a falar. Nesse mesmo aspecto, pode-se hipotetizar que seuschoros e suas tristezas constantes, derivam-se da própria falta ou falha de reforçadores,visto que por C não se expor demasiadamente às situações sociais, torna seu alcance aos39

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