12.07.2015 Views

ABORDAGEM COGNITIVO - COMPORTAMENTAL NO ...

ABORDAGEM COGNITIVO - COMPORTAMENTAL NO ...

ABORDAGEM COGNITIVO - COMPORTAMENTAL NO ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

A paciente relatou que todas as noites em que se despede do namorado, pede que eledê um toque no celular de C para avisar que chegou bem em casa, mas que o namoradoreclama, pois não gosta de ter que ficar toda vez ligando por isso. Segundo a paciente:“Sinto medo de que aconteça algo de mal para ele, e daí fico chata”. Primeiramente aestagiária procurou questionar as crenças de que alguém ou ela mesma vai morrer, de queestá doente, ou de que alguma coisa irá acontecer com o namorado, pedindo que Cfornecesse evidências para isso. A paciente não conseguiu fornecer evidências, colocandoque não sente nenhum sintoma, que ninguém em sua família nem seu namorado estãodoentes, e que nunca nada aconteceu com o namorado na volta para casa. Porém, a pacientemencionou que a rua em que o namorado mora é perigosa, evidência esta suficiente para Cse preocupar. A estagiária perguntou dos benefícios dos toques no celular quando onamorado chega em casa, e ainda, perguntou o que aconteceria caso o namorado nãoligasse. C colocou que, caso o namorado não ligue, ela liga para saber se ele já chegou. Aestagiária então perguntou o que aconteceria se o namorado não ligasse, nem a pacienteligasse, onde a paciente falou que ficaria um pouco aflita, mas que dormiria. Sendo assim,uma estratégia pensada na sessão para que C e o namorado equilibrassem seus desejos (umde querer receber o toque, e outro de não dar o toque), foi a de que, em um dia C pedisse otoque e o namorado desse, e noutro, C falasse para o namorado não dar o toque no celular(e que fosse aumentando gradativamente o espaço de tempo entre um dia de toque e outro),o que faria com que assim não ficasse esperando ansiosa, e pudesse dormir mais tranqüila.Esta estratégia possibilitaria que C, aos poucos, fosse se desenssibilizando do estímuloaversivo de não receber o toque no celular, e assim, ficando menos ansiosa em receber otoque.Por fim, a paciente relatou que na semana passada conseguiu, como a tarefa de casapropunha, iniciar uma conversa e tentar mantê-la. Disse ter iniciado uma conversa com umamenina desconhecida da faculdade, perguntando sobre livros, fazendo a menina fazerperguntas para C, o que possibilitou que elas se conhecessem. C relatou também que seunamorado comentou com C que a mãe dele havia mencionado que C está sendo “maisfalante, puxando assunto e conversando mais”. Nesse sentido, percebe-se o avanço de C emsuas habilidades de iniciar e manter conversações. A paciente ainda comentou que noúltimo fim de semana seu namorado trabalhou, mas que foi o final de semana sem ele que109

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!