T – É?P – Tudo. Ele é bem tolo.T – Ele age assim com os professores também, com todo mundo?P – Ah, depende do professor né. Tem professor que acabou de chegar, tem professor que já faztempo que tá lá.T – Aham. E não tem ninguém na sala que se dá bem com ele? De gostar dele? Ele não temamigos?P – Tem assim, não uma pessoa que ande direto com ele. Na sala não sei. As pessoas que convivemmenos com ele sim, mas da sala assim, todo mundo fala com todo mundo, mas não tem alguém queele ande direito. Só quando ele inventa de voltar pra casa a pé, aí vai junto um garoto que moraperto da casa dele, só isso.T – Aham. Tá, você já colocou nas sessões que em várias situações, você se sente irritada. A gentetem que estar pensando agora uma maneira de não se sentir irritada. Eu queria que você começassea pensar no que isso te faz, a raiva. Queria que você pensasse na tua saúde sabe. Se a gente forsempre sentir raiva, sempre se irritando com tudo, a gente vai... Os hormônios, o cortisol vaiaumentando..E isso vai levando para um estresse. Então você de repente, tem que arranjar maneirasde não se irritar. Nessa situação, qual seria a maneira? Mudar de lugar?P – Eu acho que é a única solução. Eu tento, mas eu não consigo. Eu tento pesanr: "Ah, eu vouesquecer do que ele tinha falado antes, e vou tentar falar com ele". Aí ele começa a ficar chato e afalar um monte de coisa. Aí eu não consigo...Aí hoje eu pensei: "Eu não vou responder o que ele mefalar". Aí tá, eu não respondi. Aí eu sai, e só.T – E você acha que teria como mudar de lugar, para não se irritar mais com ele? É fácil fazer isso?P – É, tranquilo. Nem que eu fique sozinha no meu canto.T – E sentar num lugar próximo de pessoas que você goste, não tem como?P – Tem. Eu gosto de todo mundo na real. Eu gosto dele, eu gosto do que ele pensa, do que ele é. Sóque eu não gosto dessas palhaçadas, de ficar diminuindo os outros.T – Aham.P – E tem gente que acha normal porque já conhece ele há muito tempo, só que tem gente que nãoacha legal.T – Aham.P – Tipo, o Luiz sentava bem perto dele ano passado, e esse ano eu to percebendo...Porque o Luiz édaquele garoto certinho, e agora ele já tá mandando ele à m*, e é coisa que ele não falaconstantemente, é porque ele não aguenta. E ele trocou de lugar. Agora tem dois guris que sentamentre o Luiz e o Diego, então eles se falam bem pouco.204
T – Uma coisa que é bem comentada na Psicologia, que é bem certa, é assim...Imagina que um diavocê está com um perfume, e uma pessoa que você gosta fala: "Ai que perfume bom". Semperceber, você vai começar a usar mais esse perfume. E isso se aplica a todos os comportamentostambém. É quase que uma regra. As coisas que a gente recebe reforço, ou seja, recebe elogio,atençao, se você faz alguma coisa e a outra pessoa fica olhando, prestando atenção no que você estáfalando, continuando a conversa...Você tende a manter esse comportamento. E às vezes umamaneira de fazer com que o comportamento de uma pessoa pare, é simplesmente ignorar sabe. Damesma forma que se você elogiar um comportamento de uma pessoa, ou mesmo prestando atenção,a pessoa irá continuar com esse comportamento...Se você de repente parar, simplesmente não falarnada...Porque quando você fala para o garoto que ele é chato, que tá irritando e tal, já é uma formade estar reforçando ele, pois afinal, as pessoas estão dando atenção, estão discutindo com ele. Entãose as pessoas pararem, ignorarem quando ele estiver fazendo isso...Claro, vocês não podem ignorartudo, quando ele fizer algo legal, vocês daí devem dar atenção, devem reforçar isso...Para eleperceber que o que ele faz é chato sem precisar ficar falando. Até isso pode se aplicar na relaçãocom a tua mãe. A forma de você própria estar criticando eles, é uma maneira de eles continuarem amanter esse comportamento de discussão também. Se de repente, quando eles começarem a discutircom você, e você simplesmente ficar quieta e deixar sua mãe falando...E já as coisas que ela forlegal com você, você continua falando com ela e tal, dando continuidade, sendo legal com ela, paraela perceber. Isso pode dar bastante resultado. Já tentasse ficar quieta quando ela reclama muito?P – Já.T – Mas quieta, e fazendo cara feia?P – É, ou então sair fora. Eu só não começo a cantar senão ela fica bem mais irritada. Porque senãoé capaz de ela me tampar a boca e me fazer escutar na marra (ri).T – Tá, e lembra que eu tinha te falado para tentar não ter tanta discussão com a tua mãe?P – Assim, to "top" ela falou, ficou falando. Daí tá, eu não falei nada, normal. Aí quando eu chegueiem casa no Domingo...É porque eu ia voltar pra casa Domingo de manhã, aí eu mandei umamensagem pro celular dela dizendo que eu ia depois, porque a casa da minha amiga era perto doshopping, e no shopping a gente sempre encontra aqueles amigos que a gente já não vê há uns 2anos. Mas eu não gosto muito de shopping não. Aí ela disse que não tinha visto essa mensagem. Aíela me ligou de casa, quando eu já tava no shopping. Aí ela ficou falando: "O vida boa heim?!" Aíeu falei que daqui umas 2 horas estaria em casa, que só daria uma volta e já iria embora. Daí quandoeu cheguei em casa, ela assim: "Tu nem dá o trabalho de me avisar? Que tu vai sair depois?". Aí eudisse: "Mãe, eu te avisei, mandei mensagem bem antes. Aí ela falou: "Eu não recebi". Eu falei:"Mãe, tu recebeu". Aí eu fui lá olhar o celular dela, e tava lá a mensagem. Aí ela: "Mas e daí, eu nãorecebi , eu não vi, tu podias ter ligado pra casa." Aí eu assim: "Pra quê?Eu ia Ter que ligar a cobrar,porque meu crédito tá acabando, e eu não sabia se vocês tavam em casa ainda". E também pra quêque eu ia ligar se tu já tinha mandado mensagem. Aí eu falei: "Se tu não viu, o problema é teu,porque a mensagem eu mandei, não podes botar a culpa em mim". Aí não teve como eu não falarnada, porque a mensagem tava ali, e ele ficou me culpando que eu não tinha avisado nada, falandoque eu não tenho consideração. Porque ela deixou de ir pra Ibituba na Sexta-feira, porque nãoqueria que eu ficasse sozinha em casa. Porque Sexta eu ia pra casa de uma amiga minha porque agente ia pro show dos meus amigos. Aí Sexta-feira eu cheguei em casa, daí eu fui pra casa da minhaamiga, aquela que eu não via desde o Planeta Atlântida. Aí ela (a amiga) assim: "Olha, eu tentei teligar, mas eu não consegui, vai rolar uma festa hoje com a galera. Aí eu assim: "Ah, se eu não tivermuita coisa pra fazer, porque meus pais vao sair esse final de semana, aí eu venho aqui mais tarde".Aí tá, esperei minha mãe chegar, já tinha tomado banho, aí eu fui na tal festa. Aí ela, antes de eu ir:205
- Page 1 and 2:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATAR
- Page 3 and 4:
ÍNDICEII. Apresentação..........
- Page 5 and 6:
1ª Sessão .......................
- Page 7 and 8:
III. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICAPara u
- Page 9 and 10:
RANGÉ (2001a) atenta para o fato d
- Page 11 and 12:
Basicamente a terapia cognitiva vis
- Page 13 and 14:
Os bons momentos em terapia, ainda
- Page 15 and 16:
REGRAS OU ESQUEMASRegras ou esquema
- Page 17 and 18:
Para Erikson, citado por MUUSS (196
- Page 19 and 20:
A capacidade de construir ideais e
- Page 21 and 22:
de interrompê-los (grupo incontrol
- Page 23 and 24:
situações futuras. Porém, o suje
- Page 25 and 26:
depressão. É importante, então,
- Page 27 and 28:
ambiente e apresentar reforçadores
- Page 29 and 30:
são de natureza interpessoal.3. Um
- Page 31 and 32:
TAREFAS DE CASAUm aspecto central d
- Page 33 and 34:
nas situações de alto risco para
- Page 35 and 36:
o critério para apresentar o estí
- Page 37 and 38:
Os casos “G.D.B” e “M”, par
- Page 39 and 40:
conseguirá desempenhar bem uma tar
- Page 41 and 42:
A paciente, ao longo das sessões,
- Page 43 and 44:
conhecida no ônibus, embora não t
- Page 45 and 46:
Diz que atualmente tenta não chora
- Page 47 and 48:
Ter medo de que os outros não a ac
- Page 49 and 50:
aprenda a acreditar nas suas crenç
- Page 51 and 52:
2.Domingo3.Segunda4.Ontem(finaldeju
- Page 53 and 54:
melhor amigo, o único parceiro de
- Page 55 and 56:
mais vontade de ser amiga de pessoa
- Page 57 and 58:
contextos em que C percebe serem ma
- Page 59 and 60:
eforçamento positivo para a pacien
- Page 61 and 62:
que sempre sente dificuldade em ped
- Page 63 and 64:
lembrança da foto? Como lidar? Que
- Page 65 and 66:
amigos”. A estagiária pediu que
- Page 67 and 68:
Dos 5 itens referentes à Medo da d
- Page 69 and 70:
- Medo de expressar sentimentos pos
- Page 71 and 72:
C disse que no último sábado que
- Page 73 and 74:
sexuais).6 Falar com o pai quando e
- Page 75 and 76:
de C (quem cede mais na relação?)
- Page 77 and 78:
percebeu muito isso, e o próprio n
- Page 79 and 80:
sua sala, e que, por C ter começad
- Page 81 and 82:
7ª SESSÃO “C” (22/09/2005)Obj
- Page 83 and 84:
e aumentar o repertório comportame
- Page 85 and 86:
O namorado poderá não ir algum fi
- Page 87 and 88:
naquele dia ele iria dormir sozinho
- Page 89 and 90:
namorados, por exemplo. C disse que
- Page 91 and 92:
Sábado em Raivacasa. Estou Vontade
- Page 93 and 94:
A estagiária, de acordo com os enc
- Page 95 and 96:
gostariam de ter filhas como suas p
- Page 97 and 98:
A estagiária então pediu que C co
- Page 99 and 100:
conseguido conversar com a irmã (
- Page 101 and 102:
ela não iria contar a verdade, mas
- Page 103 and 104:
12º SESSÃO “C” (03/11/2005)Ob
- Page 105 and 106:
- Shampoos, cortes de cabelo, roupa
- Page 107 and 108:
mesmo. Analisar junto à paciente,
- Page 109 and 110:
A paciente relatou que todas as noi
- Page 111 and 112:
Encaminhamentos: Questionar pensame
- Page 113 and 114:
Encaminhamentos: Verificar a situa
- Page 115 and 116:
conversas, assim como se obrigará
- Page 117 and 118:
variadas situações. Porém, perce
- Page 119 and 120:
pensamento para ver o que acontece
- Page 121 and 122:
mais o mesmo na semana seguinte, fa
- Page 123 and 124:
de briga com a mãe. Perguntou aind
- Page 125 and 126:
2ª SESSÃO “G” (08/03/2005)Obj
- Page 127 and 128:
a cliente sempre fala, de que a mã
- Page 129 and 130:
Quando a estagiária demonstrou que
- Page 131 and 132:
A paciente disse não querer casar
- Page 133 and 134:
pai pare de tentar irritá-la. A pa
- Page 135 and 136:
não sou de mentir, eu pensei que s
- Page 137 and 138:
Com isso a paciente percebeu que po
- Page 139 and 140:
Através das primeiras sessões já
- Page 141 and 142:
De maneira geral observou-se que a
- Page 144 and 145:
A estagiária procurou fazer uma ve
- Page 146 and 147:
epertório comportamental, visto qu
- Page 148 and 149:
dura mais que poucos minutos. Como
- Page 150 and 151:
amizades se formam aos poucos. S di
- Page 152 and 153:
Discussão: A paciente percebeu que
- Page 154 and 155: Discussão: Provavelmente os amigos
- Page 156 and 157: Discussão: Como uma adolescente, o
- Page 158 and 159: distribuem os choros durante o dia
- Page 160 and 161: à situação em que seu amigo a ch
- Page 162 and 163: conteúdo com os amigos. S afirmou,
- Page 164 and 165: 1ª SESSÃO “G.D.B” (26/04/2005
- Page 166 and 167: Ainda, o paciente passou 1 ano e 9
- Page 168 and 169: gradualmente, o paciente poderá pr
- Page 170 and 171: 1 falta justificadaDepois de entrad
- Page 172 and 173: Atualmente ele e sua família moram
- Page 174 and 175: perda de sua casa, quando apesar de
- Page 176 and 177: que deverão ser questionados e tra
- Page 178 and 179: X. CONSIDERAÇÕES FINAISA partir d
- Page 180 and 181: XI. REFERÊNCIAS BUBLIOGRÁFICASBEC
- Page 182 and 183: XII. ANEXOSESSÕES TRANSCRITAS REFE
- Page 184 and 185: P - Principalmente ele. Ele é adot
- Page 186 and 187: T - Se fosse pra você me dizer, nu
- Page 188 and 189: P - Eu queria que isso acabasse sab
- Page 190 and 191: L - Foi fácil fazer? O que tu acho
- Page 192 and 193: L - É?G - Porque minha mãe que co
- Page 194 and 195: G - Aí agora ela ta boa, daqui uns
- Page 196 and 197: na mesma casa, e ocorre sempre brig
- Page 198 and 199: L - Daí lá na sala eles fizeram u
- Page 200 and 201: L - E se tu passasse a conversar co
- Page 202 and 203: L - Então ta, fica o mesmo horári
- Page 206 and 207: "Ah, mas tu não tens consideraçã
- Page 208 and 209: P - É, com a minha mãe assim, eu
- Page 210 and 211: P - Só que aí eu nem pergunto nad
- Page 212 and 213: T - Mas é que também muitas mulhe
- Page 214 and 215: P - Eu acho que devo primeiro resol
- Page 216 and 217: P - Não, minha mãe falou que quem
- Page 218 and 219: T - Ele então não tem mais te irr
- Page 220 and 221: T - É, acho interessante você fal
- Page 222 and 223: daí eu falo: “Ah mãe, mas isso
- Page 224 and 225: T - Que bom que você admite que qu
- Page 226 and 227: T - Então, sobre toda essa situaç
- Page 228 and 229: T - Aham.P - É que eu demoro basta
- Page 230 and 231: T - E você falou isso pra ela? Que
- Page 232 and 233: T - E não teria como você usar o
- Page 234 and 235: T - Então (ri). É pior que o teu
- Page 236: P - Aí esses dias eu falei pra min