AUTOR DA DISSERTAÇÃO - Unisul

17a uma melhor compreensão do texto. Porém, o desenvolvimento destasestratégias durante a leitura vai se dar em função dos tipos e objetivos daleitura;b) a leitura depende mais de informações não-visuais do que das visuais –informações não-visuais, existentes na mente do leitor, comandam o que oleitor busca na leitura;c) o conhecimento prévio está organizado em forma de esquemas –esquemas são estruturas cognitivas abstratas que possibilitam ao cérebro demaneira econômica e sintética inventariar e lidar com um grande número deinformações, conhecimentos e vivências;d) ler é prever – é o conhecimento prévio do leitor que lhe possibilita preversua trajetória na leitura. Quanto mais proficiente for o leitor, mais eficazesserão suas decisões com referência ao caminho a seguir no desenvolvimentoda compreensão;e) ler é conhecer as convenções da escrita – existem muitas convenções naescrita – citações, estilos, notas de rodapé, abreviaturas, etc. – quenecessitam ser conhecidas pelo leitor, para que ele possa ter umrelacionamento com o texto de forma mais ativa, atribuindo significados,fazendo previsões, separando amostras, confirmando e corrigindo hipótesessobre o texto.Pode-se dizer, então, que a leitura vista sob a perspectiva do leitorrepresenta uma evolução se comparada à leitura na perspectiva do texto, porquepressupõe um sujeito ativo e constituído socialmente. Porém, conforme aponta o autor,a soberania que é dada ao leitor na definição do significado do texto e a excessivaênfase nos aspectos cognitivos consiste na principal crítica a esse modelo.Na revisão dos modelos de leitura, Leffa (1999) põe em destaque aperspectiva teórica interacional, com ênfase para os modelos que consideram o contextosocial, como sendo os que melhor explicam o fenômeno da leitura. De acordo com oautor, esta perspectiva (a interacional) contempla “[...] todas as linhas teóricas daleitura, mas com ênfase maior nas abordagens psicolingüística e social” (p. 29).No que se refere ao paradigma psicolingüístico, ele cita duas abordagens: atransacional e a da compensação. A transacional faz uma revisão das teorias que