AUTOR DA DISSERTAÇÃO - Unisul

52Em termos de um episódio de leitura não proficiente, no primeiro caso, oleitor não chega à compreensão dos conteúdos centrais e, portanto, só pode julgar suaaprendizagem periférica. No segundo caso, não compreendeu nem os aspectos centraisnem os periféricos do texto, não podendo julgar sua aprendizagem em ambos os níveis.Muitas vezes, o leitor poderá ter uma imagem distorcida de seu processo de leitura,acreditando que chegou a uma leitura eficaz com os índices necessários deaprendizagem no texto 13 .Para avaliar o que o leitor compreendeu/aprendeu e o que poderia tercompreendido/aprendido do texto, o levantamento desses parâmetros é realizado emuma perspectiva interna (processo do leitor) e externa (processo da pesquisadora).Tomando-se por base que externamente temos uma avaliação mais geral eestudada do texto, os resultados do leitor proficiente deverão ser iguais aos dela,divergindo desses resultados os da leitura deficiente.As modalidades de relações entre compreensão e aprendizagem que sãoutilizados, portanto, são as seguintes:a) o leitor compreendeu todos os aspectos e julgou o conteúdo dado comonovo no texto como irrelevante (informações já conhecidas);b) o leitor compreendeu todos os aspectos e julgou o conteúdo dado comonovo no texto como relevante;c) o leitor só compreendeu aspectos periféricos, julgando estes conteúdoscomo relevantes para sua aprendizagem. Não tem condições de julgar oconteúdo central;d) o leitor não compreendeu nem os aspectos centrais, nem os periféricos,não tendo condições de julgá-los quanto a sua aprendizagem.13 Entendemos aqui, por leitura eficaz, aquela em que o leitor chega a uma avaliação crítica da realizaçãodos objetivos de leitura/aprendizagem, ou seja, se tais objetivos correspondem ou não àspossibilidades do texto em relação à tarefa a que se destina a leitura (embasar teoricamente umapesquisa, colher dados teóricos ou práticos para uma aula, etc.).