AUTOR DA DISSERTAÇÃO - Unisul

50do sujeito (de difícil apreensão) foi comparada com uma perspectiva externa dapesquisadora sobre o processo.É importante salientar aqui que esta perspectiva externa do processo éobtida pelas opiniões da pesquisadora e de seu orientador sobre o processo deleitura/aprendizagem de cada sujeito. É um critério subjetivo de avaliação, já que não hácomo garantir que ambos também estejam fazendo a melhor leitura possível dos textos edo material. Em todo caso, salvaguardam esta opinião: a) o fato de ambos seremexperientes no assunto em termos teóricos, e b) o fato de terem uma perspectivapanorâmica de parte considerável do processo. Trata-se de considerar, neste caso, o queMaturana (1998) propõe como uma “objetividade-entre-parênteses”. 12Assim sendo, para avaliar a inter-relação entre os processos de compreensãoe aprendizagem foram construídas categorias de análise em relação a ambos [quadro 3].Tanto em relação à compreensão quanto em relação à aprendizagem foram consideradoselementos relativos ao planejamento (objetivos) da tarefa, aos conhecimentosdisponíveis/necessários para sua realização e os relativos à sua avaliação.12 “[...] no caminho explicativo da objetividade-sem-parênteses agimos como se o que dizemos fosseválido em função de sua referência a algo que é independente de nós. [...] No outro caminhoexplicativo, que denomino objetividade-entre-parênteses, [...] quando escutamos uma proposiçãoexplicativa ou uma reformulação da experiência e a aceitamos como explicação, o que aceitamos nãoé uma referência a algo independente de nós, mas uma reformulação da experiência com elementos daexperiência que satisfaça algum critério de coerência que nós mesmos propomos explícita ouimplicitamente” (p. 46 e 47).