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AUTOR DA DISSERTAÇÃO - Unisul

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34mental e a consciência operam como setores do caminho que seguem nossaderiva estrutural ontogenética (MATURANA e VARELA, 1995, p. 252).Para estes autores, a estrutura do sistema vivo e a estrutura do meio mudamjuntas. Este é um processo interativo e dialético que acompanha a dinâmica dos seresvivos em todos os momentos de sua história.Demo (2001), interpretando Maturana e Varela (1995), credita dois traços àcaracterização da aprendizagem. Diz ele:a) a aprendizagem é reconstrutiva, porque é intrinsecamente fenômenointerpretativo, no fundo incapaz de proceder pela reprodução; areprodução não faz parte da aprendizagem, mas das relações sociaisimpositivas, através das quais a criança é obrigada a submeter-se aocondicionamento do mero ensino; biologicamente falando, éimpraticável ao ser vivo apenas reproduzir seu destino histórico ouapenas moldar-se ao ambiente; sempre ocorre também que influenciesua rota e por mais que se obrigue à adaptação passiva, o que mais ocaracteriza é a adaptação positiva; Piaget usava o conceito de"equilibração", para indicar que no patamar seguinte o conhecimento erareprocessado, partindo do patamar anterior, elevando-se; para ele oconstrutivismo significava esta passagem de um patamar a outro, ondeocorria claramente o fenômeno da "construção" do conhecimento e nãosimplesmente de reprodução; por ser reconstrutiva, a aprendizagemexpressa sempre mudança por vezes muito profunda, já que, se nasituação B tivermos o mesmo que na situação A, não aconteceuaprendizagem; a criatividade é inerente à aprendizagem autêntica,sinalizando que o ser vivo não tem vocação para a subalternidade e amera repetição;b) a aprendizagem é política, porque implica a atividade de sujeito que,com ela, ocupa espaço próprio e faz e se faz oportunidade; está em jogomenos competência técnica, do que competência política, ou apoliticidade, no dizer de Freire e Torres; o fenômeno de constituição dosujeito capaz de história própria, em processo dialético de conquistapermanente, é intrinsecamente político, porque expressa a capacidade defazer-se e de interferir na realidade e na história; aprender ésubstancialmente saber mudar-se e mudar, estabelecendo consigomesmo e com os outros e o meio ambiente relacionamento dinâmico deestilo reconstrutivo; é a estratégia que temos para não sermos massa demanobra nas mãos dos outros ou do ambiente hostil; é o modo como nosconfrontamos com a pobreza política ou a ignorância, com o objetivo decolocarmos o bem-estar comum acima das injunções externas, domercado e da prepotência; a politicidade da aprendizagem pode ser vistade modo ainda mais pleno no processo emancipatório, que implicasempre a capacidade de superar a pobreza política, para, constituindo-se

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