60O S1 acredita também que o texto trata do tema leitura, o que não éverificável no texto lido. Neste caso, tanto os objetivos de leitura quanto os deaprendizagem que seguem essa linha de raciocínio está impossibilitado já na base.No que tange aos conhecimentos sobre leitura como prática discursiva(CLPD), o S1 menciona o texto como sendo um artigo, mas não avalia este aspecto enão faz nenhum comentário que mostre algum conhecimento mais aprofundado sobre ascaracterísticas do artigo. Pelo contrário, acaba demonstrando que não está familiarizadacom este gênero, quando diz que a articulista “quer provocar no leitor uma reflexão”[S1, l. 137-138, anexo B], não tendo clareza que num texto de opinião [do tipo ensaio] aautora pretende defender uma posição. Os dados possibilitam inferir que o S1,possivelmente, tenha percebido que o texto não é apenas informativo (do tipo relato depesquisa), mas ela não se posiciona, ficando claro que não entrou no texto com essapressuposição.Com relação à avaliação da compreensão, o S1 acredita não ter alcançadouma boa compreensão, porque não fez uma releitura. Diz:[...] eu cheguei a uma compreensão artificial do texto, não houve umacompreensão mais profunda, fiz uma única leitura e já fui processando, nãohouve uma releitura, que provavelmente se houvesse uma releitura haveriauma compreensão melhor, talvez [S1, anexo B, 1. 44-147].No entanto, é possível inferir que a releitura parece ser um critério deavaliação puramente informativo (de extração da informação do texto). Na verdade, oS1 pelo o que demonstra nos relatos, não atingiu os objetivos da articulista, pois,quando diz que gostou do texto “pelo conteúdo que ele apresenta [né]. É sobre leitura[...]” [S1, anexo B, l. 185]”, S1 não chega claramente ao tópico do texto. Demonstra,também que não fez uma avaliação mais pontual dos objetivos de leitura e dos objetivosde aprendizagem.
61Como relação à categoria aprendizagem não foi de fácil análise, porquequando se fala de leitura como objetivo prático (algo que se faz através dela)naturalmente já se está entrando no campo do conhecer. O que se observa na análise dosdados, é realmente que leitura e aprendizagem são fenômenos tão imbricados que nãooferecem fácil distinção. Ao analisarmos a aprendizagem como construção de estruturasde conhecimento quase que negando a relação com a atividade prática da leitura,corremos o risco de cair em uma concepção mecânica de aprendizagem. Em todo caso,como a proposta desta pesquisa é a comparação entre os dois fenômenos, vamosprocurar analisá-los em separado.Primeiramente, com relação aos objetivos de aprendizagem, como S1 nãodiscorre sobre qualquer tema em separado das atividades à que pretende realizar(embasar a pesquisa e/ou coletar dados para aula), é preciso considerar que S1 se propõecomo objetivo de leitura algo que vá no sentido dos gêneros textuais ou daaprendizagem (que é seu tema nas aulas de pedagogia). Como no texto não há qualquermenção a gêneros, provavelmente, S1 acredita que o texto vá possibilitar conhecimentosem relação ao tema da aprendizagem.Quanto ao modo como avalia os objetivos de aprendizagem propostos, aleitora acredita que aprendeu algo sobre “o desenvolvimento psicossocial do estudante”[S1, anexo B, l. 10], mas S1 parece não ter percebido que o texto defende uma posiçãocontrária a sua, o que evidencia quando, durante o protocolo, frisa o seguinte: “étambém um ponto que nós trabalhamos bastante no Curso de Pedagogia, a importânciada leitura para o exercício da cidadania” [S1, 186-187, anexo B]. Isto demonstra que S1não voltou a avaliar este objetivo, pois o texto não trata de leitura. Também acredita queaprendeu algo que vai contribuir para a sua pesquisa (dissertação de mestrado): “um
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