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AUTOR DA DISSERTAÇÃO - Unisul

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33externas do mundo natural”. Rauen (2003, p. 133) também afirma: “Para a perspectivaenacionista, a cognição é uma atuação, ou seja, uma história de acoplamentos estruturaiscujo efeito sistêmico é a produção de um mundo”.Para Maturana e Varela (1995) os seres vivos são uma espécie de máquinahomeostática, que eles chamam de autopoiética, quer dizer: todo ser vivo produz-se a sipróprio e, ao produzir-se, produz, interfere, intervém, enfim, transforma também o meioonde está inserido. Neste sentido, Rolf C. Behncke afirma em seu prefácio ao Livro Aárvore do conhecimento de Maturana e Varela:Por volta de 1968 ele [Maturana] compreendeu que os fenômenos associadosà percepção só podiam ser entendidos se se concebesse o operar do sistemanervoso como uma rede circular fechada de correlações internas, esimultaneamente compreendeu que a organização do ser vivo se explicava asi mesma ao ser vista como um operar circular fechado de produção decomponentes que produziam a própria rede de relações de componentes queos gerava - teoria que ele posteriormente chamou de autopoiese (1995, p. 39).Nessa perspectiva, a cognição é um fenômeno que ocorre por meio doentrelaçamento entre o sistema vivo (organismo biológico) e o ambiente (entendidotambém como “os outros seres”).Conforme Maturana e Varela[...] um ser vivo se conserva como unidade sob contínuas perturbações domeio e de seu próprio operar. (...) o sistema nervoso produz uma dinâmicacomportamental ao gerar relações internas de atividade neural em suaclausura operacional. O sistema vivo, em todos os níveis, organiza-se deforma a gerar regularidades internas. No domínio do acoplamento social e dacomunicação – na “trofolaxes” lingüística – produz-se o mesmo fenômeno(1995, p. 251) .Para eles, o sistema nervoso muda de acordo com o fluxo da dinâmicaoperacional entre organismo–meio, e é este fluxo que torna possível os “fenômenosmentais”. Nesta direção, volto mais uma vez ao texto dos autores:[...] como fenômeno do linguajar na rede de acoplamento social e lingüístico,o mental não é algo que está dentro do meu crânio, não é um fluído de meucérebro: a consciência e o mental pertencem ao domínio do acoplamentosocial, e é neste que se dá sua dinâmica. É também neste domínio que o

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