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jan. jun. 2012 - Ipea

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O Impacto do BNDES Exim no Tempo de Permanência das Firmas Brasileiras no Mercado Internacional...15Os modelos propostos são dois logit multinomiais, sendo um de escolha ordenada(anos de exportação) e outro de escolha não ordenada (desistente, contínua epermanente). Quanto aos resultados, os modelos de escolha ordenada mostramuma relação mais significativa entre as características iniciais das firmas e a permanênciano mercado internacional do que os de escolha não ordenada e identificamainda uma distinção clara entre as empresas que exportaram um ou dois anos eaquelas que exportaram três ou quatro anos.Perseguindo o mesmo objetivo, Esteve-Perez et al. (2007) propõem modelosde sobrevivência em que a permanência é definida pelos anos de participação nocomércio exterior, implementando assim modelos de sobrevivência com tempodiscreto. Os autores argumentam que quanto mais tempo a empresa permanecena atividade exportadora, mais ela acumula know-how e contatos. Por esta razão,uma permanência prolongada significa um aumento no custo de deixar o comérciointernacional, uma vez que todos estes conhecimentos serão depreciadose, no caso de se reiniciar as exportações, maior será o custo para voltar às condiçõesque a empresa já havia alcançado quando interrompeu as atividades com oexterior. Além disso, os investimentos feitos na acumulação dos conhecimentos arespeito do mercado internacional levam a um processo de learning-by-exportingque, por sua vez, aumenta a probabilidade de sucesso da empresa. Baseados nestesdois argumentos, os autores concluem que a probabilidade de a empresa deixar omercado deveria ser decrescente em relação aos anos de permanência no comérciointernacional. Argumentam ainda que esta função não precisa ser linear, uma vezque o aprendizado pode ser mais intenso nos primeiros anos de atividade.Estas conclusões de Esteve-Perez et al. (2007) coincidem com os resultadosobtidos por eles: os testes implementados mostram que a probabilidade de a firmadeixar o mercado diminui de maneira não linear, à medida que ela permanece pormais tempo. Quanto às características da firma, o modelo revela que as maioresfirmas e as mais produtivas sobrevivem por mais tempo, ao passo que as variáveisde origem do capital e investimento em inovação não apresentam efeitos significativos.Finalmente, Araújo (2005) investiga a literatura empírica que analisa os determinantesda firma para o sucesso no comércio internacional. Produtividadee tamanho da empresa são os aspectos destacados pelo autor como aqueles queafetariam positivamente as exportações. Outras características como intensidadeno uso de capital (físico e humano), tecnologia e inovação não mostram resultadostão claros e seus efeitos podem depender do país analisado e do seu estágio dedesenvolvimento e ainda do setor a que pertence a firma.

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