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jan. jun. 2012 - Ipea

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O Impacto do BNDES Exim no Tempo de Permanência das Firmas Brasileiras no Mercado Internacional...29Os anos 1997 e 1999 foram os que apresentaram resultados mais fortes emtermos do impacto positivo do financiamento no tempo de permanência dasempresas no mercado internacional: tanto as médias de permanência quanto àdistribuição entre as categorias de permanência dos grupos de controle e de tratamentomostraram-se diferentes estaticamente a 5% de significância.Os resultados relativos a 1998 também demonstram os efeitos positivos doBNDES Exim, mas nesse caso as distribuições das empresas dos dois grupos sãoestatisticamente diferentes no teste chi-quadrado a 10% de significância. Finalmente,para 2000, a distribuição das empresas entre as categorias é diferente, maso impacto do financiamento segue nas duas direções: aumenta o percentual deempresas nas categorias de maior e menor tempo de permanência no mercado,enquanto o grupo de empresas não financiadas se concentra na categoria intermediária.Por esta razão, o teste t não identifica diferença estatística na média depermanência dos dois grupos pareados em 2000.Portanto, a partir: i) dos microdados de 1997 a 2007, oriundos do banco dedados que integra diversas bases oficiais; e ii) da metodologia proposta – PropensityScore Matching –, que permite a criação de grupos de controle para comparaçãocontrafactual, os resultados obtidos nos permitem afirmar que o BNDESExim se constitui em um instrumento importante no aumento do tempo de permanênciadas empresas no mercado internacional.Finalmente, o aumento da base exportadora não se dá apenas pelo ingressode novas firmas, mas pode ocorrer também pela redução do fluxo de saídade firmas brasileiras do mercado internacional. Recuperando o exposto porKannebley e Valeri (2006) e Markwald e Puga (2002), que ressaltam a importânciadas altas taxas de mortalidade das firmas exportadoras brasileiras na redução doritmo de crescimento da base exportadora, fica clara a relevância de programascomo o BNDES Exim, que prolongam a permanência das firmas no comérciointernacional. Ainda retomando algumas conclusões dos trabalhos discutidos nasseções anteriores, Esteve-Perez et al. (2007) sugerem, por meio de seus resultados,a existência de um processo de learning-by-exporting e, neste caso, a saída da firmado mercado inicia um processo de depreciação do conhecimento acumulado.Além disso, Kannebley e Valeri (2006) constatam a presença de um custo fixode entrada no mercado internacional (histerese), fato que reforça ainda mais aimportância de se fortalecer as firmas que já romperam a barreira inicial de entrada.Portanto, políticas que mantêm nossas empresas no mercado internacionalevitam que a experiência acumulada e os ganhos de competitividade adquiridosao longo do período exportador sejam subutilizados com o retorno das empresasapenas ao mercado doméstico, além de eventuais custos futuros de reentrada nocomércio internacional.

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