86planejamento e políticas públicas | ppp | n. 38 | <strong>jan</strong>./<strong>jun</strong>. <strong>2012</strong>Nordeste taxas negativas do equivalente pobreza mesmo em períodos de expansãoda renda, evidenciando os efeitos nocivos da alta desigualdade sobre a pobreza naregião. Destaca-se também o comportamento distinto da renda na comparaçãoentre os subperíodos 1995-2003 e 2003-2009. Enquanto o primeiro se caracterizapela contração da renda, o segundo é caracterizado pelo expressivo aumentoda renda média e, ainda, por este vir acompanhado de ganhos pelo efeito da desigualdade,pois as taxas de crescimento da PEGR são superiores a esta expansão.TABELA 3Taxa de Crescimento do Equivalente Pobreza e Taxa de Crescimento da Renda Média –região Nordeste(Em %)Período Crescimento renda Taxa de Crescimento do Equivalente Pobreza (PEGR)% a.a. FGT(0) FGT(1) FGT(2)1995-1996 1,20 -0,75 -6,02 -8,721996-1997 0,20 -9,55 0,69 1,461997-1998 4,03 6,34 7,82 9,791998-1999 -3,76 -2,80 -1,59 -1,391999-2001 -0,08 2,28 -0,43 -1,652001-2002 1,81 3,00 5,20 7,232002-2003 -7,02 -4,98 -5,35 -6,432003-2004 7,23 8,96 10,02 10,872004-2005 5,11 8,68 8,13 8,042005-2006 12,60 11,70 12,56 13,752006-2007 3,05 6,05 4,41 2,222007-2008 7,18 9,16 13,86 17,482008-2009 5,15 4,73 2,82 1,021995-2003 -0,46 0,45 -0,03 -0,182003-2009 6,72 8,54 8,70 9,011995-2009 2,61 3,74 3,66 3,67Fonte: Microdados da PNAD/IBGE.Elaboração dos autores.As taxas de crescimento da renda e da PEGR para a região Norte estão apresentadasna tabela 4. Dos sete subperíodos de 1995 a 2003, cinco foram de contraçãoda renda na região. Assim, a renda média caiu a uma taxa anual de -2,62%no período. Em contraste, o período seguinte, 2003-2009, foi de expansão darenda com ganhos pelo efeito da variação da desigualdade. No período completo,em que se tem a <strong>jun</strong>ção destes dois cenários antagônicos, a renda cresceu apenas0,46% a.a., produzindo uma quase estabilidade; por outro lado, o crescimentoda PEGR variou de 1,56% a.a. (proporção de pobres) a 2,27% anuais (hiato
Comparando a Intensidade do Crescimento Pró-Pobre entre as Regiões Brasileiras Pós-Plano Real87quadrático), demonstrando o impacto positivo da redistribuição de renda sobreos indicadores de pobreza.TABELA 4Taxa de Crescimento do Equivalente Pobreza e Taxa de Crescimento da Renda Média –região Norte(Em %)Período Crescimento renda Taxa de Crescimento do Equivalente Pobreza (PEGR)% a.a. FGT(0) FGT(1) FGT(2)1995-1996 -4,51 -3,36 -6,68 -10,821996-1997 -0,47 -2,84 -2,32 -0,281997-1998 -1,33 4,44 0,34 -0,851998-1999 -6,22 -2,19 -0,05 -0,301999-2001 1,43 1,48 1,81 2,472001-2002 -1,10 -3,05 0,30 1,642002-2003 -10,17 -3,53 -2,82 -3,932003-2004 1,38 1,33 4,06 7,192004-2005 3,96 8,04 8,76 10,782005-2006 8,03 13,31 9,58 7,642006-2007 4,43 0,91 -1,67 -5,872007-2008 5,08 12,25 19,10 27,762008-2009 4,47 -1,23 -4,18 -8,181995-2003 -2,62 -1,03 -0,97 -1,192003-2009 4,56 5,84 6,18 6,971995-2009 0,46 1,56 2,07 2,27Fonte: Microdados da PNAD/IBGEElaboração dos autores.Na tabela 5, estão apresentadas as taxas de crescimento da renda e da PEGRpara a região Sudeste. Observa-se uma contração de renda de 1995 a 2003; porém,os maiores destaques são as altas taxas de crescimento do equivalente pobrezano período 2003-2009, evidenciando que o aumento da renda, embora poucoexpressivo, ocorreu em um padrão mais favorável aos mais pobres.