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Revista Elas por elas 2014

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

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Cláudia Ferreira<br />

Mulheres invisibilizadas<br />

À frente de tantos movimentos sociais,<br />

populares ou sindicais, resta saber<br />

se <strong>elas</strong> têm recebido o merecido reconhecimento<br />

pelo protagonismo que desempenham.<br />

Para Ana Carolina<br />

Ogando, cientista política e pesquisadora<br />

do movimento feminista brasileiro, as<br />

mulheres historicamente participaram<br />

desses espaços, como sindicatos e associações,<br />

mas a presença e a atuação<br />

d<strong>elas</strong> ficaram de certa forma invisibilizadas,<br />

e o que ganha centralidade é a<br />

demanda pela qual <strong>elas</strong> lutam. “Sempre<br />

tento entender isso como algo da nossa<br />

cultura política, marcada fortemente<br />

pelo patriarcalismo, que cria espaços<br />

específicos para homens e mulheres.<br />

No próprio pensamento social brasileiro,<br />

o lugar da mulher é invisível. Quando<br />

aparece, está associado ao espaço privado,<br />

da família”, avalia.<br />

Segundo ela, tem havido uma inquietação<br />

entre as mulheres nesses movimentos,<br />

decorrente da observação de<br />

que, embora sejam maioria, não conseguem<br />

ocupar espaços de decisão<br />

para pensar em questões que as afetam.<br />

“E quanto mais visibilidade o movimento<br />

feminista tem, mais forte é essa crítica.<br />

E o movimento feminista tem ganhado<br />

maior centralidade nos últimos anos”.<br />

Mais do que visibilidade, defende<br />

Ogando, precisa haver a valorização<br />

do papel da mulher, para além da figura<br />

de mãe, de cuidadora. “Essa valorização<br />

vem com o questionamento do <strong>por</strong>quê<br />

<strong>elas</strong> não ocupam os espaços de decisão,<br />

seja nas associações de bairro e movimentos<br />

populares, seja na política institucional<br />

[partidos e governos]”.<br />

Ciente dessa dificuldade, Cláudia<br />

Ferreira se esforça para não deixar que<br />

a atuação das mulheres fique na memória<br />

apenas das que participaram dos<br />

movimentos. Fotógrafa profissional<br />

desde 1977, quando começou a trabalhar<br />

na redação do Jornal do Brasil, no<br />

Rio de Janeiro, a jornalista se dedica,<br />

há 25 anos, a registrar o ativismo feminino.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Elas</strong> <strong>por</strong> <strong>Elas</strong> - março <strong>2014</strong> 15

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