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Revista Elas por elas 2014

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

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Para tentar frear os casos de violência<br />

e discriminação homofóbica, alguns<br />

poucos estados e municípios aprovaram<br />

leis nesse sentido. Em Minas, <strong>por</strong><br />

exemplo, a lei 14.170 estabelece<br />

“sanção à pessoa jurídica que, <strong>por</strong> ato<br />

de seu proprietário, dirigente, preposto<br />

ou empregado, no efetivo exercício da<br />

atividade profissional, discrimine ou<br />

coaja pessoa, ou atente contra os seus<br />

direitos, em razão de sua orientação<br />

sexual”. A legislação prevê também<br />

multa que pode chegar a R$ 50 mil ou<br />

até fechar o estabelecimento.<br />

Mas a lei mais aguardada p<strong>elas</strong> lésbicas<br />

e <strong>por</strong> toda a comunidade gay<br />

ainda tramita no Senado. Há mais de<br />

seis anos, o projeto de lei que criminaliza<br />

a homofobia (PLC 122) no país circula<br />

pelos corredores da Casa e desperta os<br />

ânimos da bancada religiosa toda vez<br />

que um parlamentar demonstra intenção<br />

de votá-lo. Nem mesmo a pesquisa<br />

feita pelo DataSenado, em que mais<br />

de 70% dos brasileiros entrevistados<br />

disseram querer que o preconceito<br />

contra homossexuais se torne crime, e<br />

Arquivo pessoal<br />

a carta enviada pela Organização das<br />

Nações Unidas (ONU) ao Congresso,<br />

com o pedido de aprovação do projeto,<br />

foram suficientes para convencer os<br />

senadores a acelerar a tramitação da<br />

proposta. Ao contrário, uma manobra<br />

na Casa a anexou à tramitação do<br />

novo Código Civil, o que foi classificado<br />

<strong>por</strong> militantes como um retrocesso e<br />

deve atrasar ainda uma futura apreciação.<br />

Se aprovada, a lei seria um im<strong>por</strong>tante<br />

marco legal para coibir casos<br />

de violência e discriminação em decorrência<br />

da orientação sexual, conforme<br />

avaliam pesquisadores da área de Direitos<br />

Humanos.<br />

“Essa lei é de extrema im<strong>por</strong>tância.<br />

Mas sabemos que há setores fundamentalistas<br />

que, toda vez que uma lei como<br />

essa começa a ser discutida, vêm com<br />

20 pedras nas mãos. Seria uma ação<br />

para coibir aqu<strong>elas</strong> pessoas que acham<br />

que podem nos curar. Se há polêmica é<br />

<strong>por</strong>que há preconceito. Então há também<br />

uma culpabilidade da igreja e do legislativo<br />

<strong>por</strong> cada homossexual assassinado. Não<br />

é somente a mão de quem fez, mas<br />

também de quem não está fazendo<br />

nada”, diz Soraya Menezes.<br />

Visibilidade para as lésbicas<br />

Enquanto a lei não é aprovada,<br />

Bianka Carboniere (foto), de 22 anos,<br />

trabalha para dar visibilidade aos interesses<br />

das mulheres lésbicas. Estudante<br />

de Relações Públicas, a jovem decidiu<br />

criar o site Sapatômica, voltado para o<br />

público lésbico e feminino. “Passei <strong>por</strong><br />

muitas situações que me inspiraram bastante<br />

na criação do site. Então comecei<br />

a pensar e me preocupar com outras<br />

meninas que passavam <strong>por</strong> situações<br />

semelhantes ou piores e não sabiam<br />

como agir. Aí pensei em criar o site,<br />

para orientar, dar visibilidade, e ser um<br />

espaço de discussão também”, revela<br />

Bianka, que diz enfrentar com frequência<br />

situações de discriminação no cotidiano.<br />

“Num bar, em São Paulo, peguei na<br />

mão da minha namorada e, <strong>por</strong> isso,<br />

um homem saiu do local dizendo que<br />

não poderíamos fazer aquilo ali. Uma<br />

situação muito desagradável, constrangedora.<br />

Isso é algo bem constante.<br />

Acontece frequentemente com pessoas<br />

que conheço”, conta a estudante.<br />

No ar há três anos, o site reúne informações<br />

sobre política, cultura, viagens,<br />

com<strong>por</strong>tamento, gastronomia,<br />

sexo, entretenimento, entre outros<br />

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