Revista Elas por elas 2014
A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.
A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.
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POUCAS E BOAS<br />
LIVROS<br />
Projeto quer garantir a<br />
presença de doulas em maternidades<br />
Suprir a demanda emocional e afetiva<br />
no momento de maior im<strong>por</strong>tância<br />
para muitas mulheres, o de dar à luz.<br />
Essa é a função das doulas, acompanhantes<br />
de parto capacitadas para oferecer<br />
apoio continuado a grávidas e<br />
também a seus parceiros e familiares,<br />
pro<strong>por</strong>cionando conforto físico, apoio<br />
emocional e su<strong>por</strong>te antes, durante e<br />
após o nascimento da criança.<br />
O projeto de lei que propõe a obrigatoriedade<br />
da disponibilização de doulas<br />
em maternidades, casas de parto e estabelecimentos<br />
hospitalares congêneres<br />
da rede pública e privada de Belo Horizonte,<br />
de autoria do vereador Gilson<br />
Reis (PCdoB), está em tramitação na<br />
Câmara Municipal, tendo sido aprovado<br />
na Comissão de Legislação e Justiça.<br />
Para ir a votação, o projeto ainda<br />
precisa passar p<strong>elas</strong> comissões de Direitos<br />
Humanos e Defesa do Consumidor<br />
e de Saúde e Saneamento, com<br />
previsão de votação no primeiro semestre<br />
de <strong>2014</strong>.<br />
A ideia para o projeto surgiu da advogada,<br />
socióloga e militante do parto<br />
humanizado Gabriella Sallit. Ela contou<br />
com o apoio de doulas em seu primeiro<br />
parto e recentemente deu a luz a outro<br />
bebê. "A doula é leiga como você, ou<br />
seja, é uma relação entre iguais. É mulher<br />
como você, a empatia é fácil de<br />
acontecer", diz Gabriella.<br />
Segundo Gabriella, em Belo Horizonte,<br />
os hospitais privados permitem<br />
a entrada de doulas, condicionando-a<br />
à autorização da equipe médica. “Alguns<br />
cobram uma taxa extra. Enquanto os<br />
acompanhantes pagam cerca de<br />
R$20,00, pela entrada das doulas é<br />
cobrado R$150,00. Em regra, se a<br />
grávida contrata uma profissional particular,<br />
tem que escolher entre ela e o<br />
acompanhante. Isso está longe de ser<br />
a situação ideal”, conta. "Diante da<br />
boa vontade do vereador Gilson Reis,<br />
começamos a conversar sobre uma lei<br />
que garantisse a todas as belorizontinas<br />
o direito de ter uma acompanhante<br />
profissional, de livre escolha, admitida<br />
consigo durante todo o período da internação",<br />
completa.<br />
A proposta de lei dispõe que os estabelecimentos<br />
ficariam obrigados a<br />
permitir a presença de doula durante<br />
todo o período de trabalho de parto,<br />
parto e pós-parto, sempre que solicitada<br />
pela mãe. “É preciso discutir a maternidade<br />
numa perspectiva de mais humanização”,<br />
afirma o vereador Gilson<br />
Reis. Para ele, a questão do parto é<br />
um tema atual na sociedade mundial.<br />
“Existe um processo de desestímulo<br />
das mulheres para concretizar a sua<br />
condição da maternidade, e nós temos<br />
uma necessidade de garantir uma política<br />
pública para crianças, mães e para a<br />
sociedade”, afirma.<br />
O projeto esclarece ainda que a obrigatoriedade<br />
das doulas não impedirá<br />
a presença de acompanhante e que os<br />
serviços privados de assistência prestados<br />
<strong>por</strong> <strong>elas</strong> não acarretarão em custos<br />
adicionais à parturiente. Às doulas<br />
caberá apenas a prestação de seus serviços<br />
com seus materiais de trabalho,<br />
ficando proibida a realização de procedimentos<br />
médicos ou clínicos. Gilson<br />
destaca que esse projeto visa romper a<br />
relação meramente cirúrgica do parto<br />
através das cesarianas, tornando esse<br />
momento tão im<strong>por</strong>tante para as mulheres<br />
mais humanizado.<br />
A Mulher na Sociedade de Classes:<br />
Mito e Realidade<br />
Autora:<br />
Heleieth Saffioti<br />
Editora: Expressão<br />
Popular<br />
Passados quase 50<br />
anos desde sua primeira<br />
edição, este<br />
livro é considerado<br />
um clássico dos estudos<br />
de gênero, e sua autora, Heleieth<br />
Saffioti, a pioneira na análise da situação<br />
das mulheres como um efeito da sociedade<br />
de classes. Para Saffioti, o problema da<br />
mulher não é algo isolado da sociedade, e<br />
superar a opressão feminina só será possível<br />
com a destruição do regime capitalista e a<br />
implantação do socialismo.<br />
Mulheres Brasileiras e Gênero<br />
nos Espaços Público e Privado<br />
Uma Década de Mudanças na Opinião Pública<br />
Autor:<br />
Gustavo Venturi e<br />
Tatau Godinho<br />
Editora: Fundação<br />
Perseu Abramo<br />
A iniciativa da Fundação<br />
Perseu<br />
Abramo (FPA), em<br />
parceria com as<br />
Edições Sesc SP, ao realizar uma pesquisa<br />
nacional de opinião pública com o intuito<br />
de atualizar os dados realizados dez anos<br />
antes e introduzir novas questões e perspectivas,<br />
deu fruto ao livro. A obra conta com<br />
prefácio da ministra da Secretaria de Políticas<br />
para as Mulheres, Eleonora Menicucci. Entre<br />
os temas abordados, destacam-se: Percepção<br />
de Ser Mulher: Feminismo e Machismo; Divisão<br />
Sexual do Trabalho e Tempo Livre;<br />
Corpo, Mídia e Sexualidade; Saúde Reprodutiva<br />
e Aborto; Violência Doméstica e Democracia,<br />
Mulher e Política.<br />
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