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Revista Elas por elas 2014

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

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Antônio Cosme<br />

países e, o mais im<strong>por</strong>tante, se transformará<br />

em Disque Denúncia. A mulher<br />

poderá ligar, gratuitamente, para este<br />

serviço que funciona 24 horas, todos<br />

os dias da semana, fazendo sua denúncia<br />

que será, imediatamente, encaminhada<br />

para as autoridades competentes como<br />

Polícia Militar, sistema de saúde em<br />

caso de violência sexual, Justiça, etc.<br />

Uma resposta imediata com medidas<br />

protetivas para evitar assassinatos. É<br />

possível enfrentar a violência, mas para<br />

isso, é fundamental que essa denúncia<br />

chegue para que as autoridades, cada<br />

uma no seu papel e na sua competência,<br />

possam atender essa mulher”, alerta.<br />

Rosângela Rigo convoca a toda sociedade<br />

para trabalhar em sintonia no<br />

combate à violência contra a mulher,<br />

“pois além de aumentar o número de<br />

assassinatos, aumentou também o requinte<br />

de crueldade. Não basta matar.<br />

Muitos ainda querem deformar o corpo,<br />

fazendo cortes, mutilações até no aparelho<br />

genital. Tudo isso caracteriza<br />

crime de ódio contra mulheres. A CPMI<br />

propõe que estes crimes sejam considerados<br />

como feminicídio, o que ajudará<br />

a aumentar a punição, mas todos precisamos<br />

atuar rapidamente para evitar<br />

mais mortes”, enfatiza.<br />

Pequenas ações que<br />

fazem a diferença<br />

Algumas medidas simples de combate<br />

à violência podem ser tomadas rapidamente<br />

<strong>por</strong> qualquer município, sem<br />

que a sociedade precise cobrar. Para a<br />

presidente da CPMI, Jô Moraes, basta<br />

ter bom senso. “Por exemplo, a companhia<br />

de energia elétrica deveria se<br />

preocupar em iluminar as ruas com<br />

mais eficácia. Existem muitas lâmpadas<br />

queimadas ou falta de iluminação pública<br />

em muitos lugares onde mulheres precisam<br />

circular após deixarem o trabalho,<br />

escola, etc. Da mesma forma, os ônibus<br />

devem ter liberação para que passageiras<br />

possam descer mais próximo do<br />

seu destino, após as 22 horas. As prefeituras<br />

devem fazer frequentemente<br />

as capinas nas ruas e lotes vagos, cobrando<br />

do proprietário para acabar<br />

com a falta de visibilidade, principalmente<br />

em locais ermos. Devem pensar<br />

em ações que ajudem as comunidades<br />

a terem uma rede de informação. A<br />

sociedade não pode fingir que não vê e<br />

que não tem nada a ver com a violência<br />

contra a mulher. Esse distanciamento<br />

ajuda na banalização do crime”, afirma.<br />

Na opinião da parlamentar, além<br />

de todas essas medidas é necessária<br />

uma mudança cultural. “A Lei Maria<br />

da Penha pegou. Todos a conhecem e<br />

falam dela, até as crianças sabem do<br />

que se trata, mas temos dedicado mais<br />

tempo a tentar acabar com a impunidade<br />

do que prevenir. A política de prevenção<br />

ainda é limitada. Precisamos incor<strong>por</strong>ar<br />

um debate cultural para a valorização<br />

da mulher, para o fim de sentimento<br />

masculino de que a mulher é sua propriedade.<br />

Todas precisam fazer sua<br />

parte, a escola, os meios de comunicação<br />

que tanto desvalorizam a mulher,<br />

principalmente nos comerciais que a<br />

vendem como objeto, os compositores<br />

musicais, os movimentos sociais, os<br />

sindicatos, as igrejas e todos os instrumentos<br />

de formação. Tudo e todos<br />

precisam pensar no que fazem, no<br />

que dizem, na ideia que reforçam e<br />

propagam. Precisamos sempre valorizar<br />

a mulher como cidadã, como sujeito<br />

de direito e não só de deveres. Se você<br />

não buscar mudança cultural alimentada<br />

<strong>por</strong> toda a cadeia de produção de<br />

ideias, você não pode realizar prevenção”,<br />

finaliza.ø<br />

SERVIÇO:<br />

Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180<br />

- Relatório da CPMI: spm.gov.br/publicacoes-teste/publicacoes/relatorio-final<br />

- Secretaria de Política para Mulheres - www.spm.gov.br/<br />

http://mapadaviolencia.org.br/<br />

http://www.compromissoeatitude.org.br/home/pagina-inicial/<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Elas</strong> <strong>por</strong> <strong>Elas</strong> - março <strong>2014</strong> 51

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