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Revista Elas por elas 2014

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

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CPMI já traz<br />

resultados<br />

Assessoria de Comunicação TJES<br />

A simples passagem da CPMI <strong>por</strong><br />

diversos estados, onde foram realizadas<br />

dezenas de audiências públicas e diligências,<br />

estimulou boas iniciativas, produzindo<br />

efeitos positivos sobre as políticas<br />

públicas. É o que ressalta Jô<br />

Moraes ao destacar que em Minas Gerais,<br />

<strong>por</strong> exemplo, foi criada mais uma<br />

vara de violência doméstica e familiar<br />

contra a mulher. “Um bom passo, mas<br />

ainda precisaremos de mais profissionais<br />

nesta vara, pois são milhares de processos”,<br />

avalia.<br />

No Paraná, foi feito o Mutirão das<br />

Marias implementado pela Secretaria<br />

de Segurança Pública em cumprimento<br />

às 300 ordens de prisão de agressores<br />

de mulheres que não estavam sendo<br />

cumpridas no estado. O nome do mutirão<br />

é uma alusão à Lei Maria da<br />

Penha. “Quando estive lá, junto com<br />

demais representantes da CPMI, não<br />

havia uma Defensoria Pública organizada,<br />

devidamente instalada. O trabalho<br />

era desenvolvido de forma bastante<br />

precária. Hoje o que assistimos é a incor<strong>por</strong>ação<br />

intensa de ações e também<br />

com uma Coordenadoria Estadual presente<br />

de forma decidida. Essa determinação<br />

é fundamental para conquistarmos<br />

as mudanças tão necessárias”,<br />

acentua Jô Moraes. Entre tantas outras<br />

iniciativas im<strong>por</strong>tantes após as visitas<br />

nos estados, a presidente da CPMI destaca<br />

ainda a instituição do Portal da<br />

Lei Maria da Penha e do Botão do Pânico<br />

no Espírito Santo, a criação do<br />

Núcleo da Promotoria da Mulher no<br />

Rio de Janeiro e a criação da Secretaria<br />

da Mulher no Amazonas.<br />

Para a coordenadora estadual de Enfrentamento<br />

à Violência Doméstica do<br />

Tribunal de Justiça do Estado do Espírito<br />

Santo, Hermínia Maria Silveira Azoury<br />

(foto), que é também presidente do<br />

Fórum Nacional de Juízes de Violência<br />

Doméstica e Familiar contra a Mulher<br />

(Fonavid), a CPMI tem sido um grande<br />

estímulo para a busca de políticas públicas.<br />

“O Espírito Santo é o estado<br />

com o maior índice de assassinatos de<br />

mulheres, chegando a 9,6 <strong>por</strong> grupo<br />

de 100 mil. Precisávamos agir rapidamente.<br />

Mas era impossível a fiscalização<br />

quanto às medidas protetivas, e a própria<br />

Lei Maria da Penha deixou essa falha.<br />

Os legisladores não pensaram nisso.<br />

Então, uma alternativa urgente que encontramos<br />

foi a criação e implantação<br />

do botão do pânico <strong>por</strong> meio do qual a<br />

mulher aciona a polícia, a Patrulha Maria<br />

da Penha, quando se sente ameaçada.<br />

Com esse dispositivo, as mulheres se<br />

sentem empoderadas, e os homens, intimidados,<br />

pois não querem ser presos.<br />

Já constatamos que não houve reincidência<br />

em todos os casos em que as<br />

mulheres receberam o botão do pânico”,<br />

afirma Hermínia Azoury ao acrescentar<br />

que esse dispositivo tem dado melhor<br />

resultado do que a tornozeleira, pois ela<br />

conta com um sistema de áudio. Ao<br />

gravar o que o homem fala durante a<br />

agressão, produzimos uma prova do<br />

crime, o que não é possível com a tornozeleira”,<br />

explica.<br />

Segundo ela, as críticas da CPMI<br />

quanto à morosidade da Justiça são<br />

procedentes, mas é impossível trabalhar<br />

com a falta de condições adequadas,<br />

infraestrutura, equipe multidisciplinar,<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Elas</strong> <strong>por</strong> <strong>Elas</strong> - março <strong>2014</strong> 49

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