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Revista Elas por elas 2014

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

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“As mulheres precisam estar nuas para entrar no Met. Museum?”,<br />

diz o protesto do grupo Guerrilha Girls.<br />

Performace da francesa Orlan, “O beijo da artista”, em 1977, que distribuía<br />

beijos em troca de 5 francos, numa exposição em Paris.<br />

Internet<br />

um Jacques-Louis David. Descobriu-se,<br />

em 1951, que a obra tinha sido realizada<br />

<strong>por</strong> uma das alunas do pintor francês<br />

(sua identidade ainda é objeto de discussão).<br />

O Metropolitan só fez a correção<br />

26 anos depois. A pintura, enaltecida<br />

inicialmente pelo próprio museu<br />

<strong>por</strong> expressar “um austero gosto do<br />

tempo”, sofreu uma depreciação quando<br />

a autoria de David foi contestada. Rapidamente,<br />

os historiadores passaram<br />

a enxergar no quadro um “tratamento<br />

gentil” e o “espírito feminino”.<br />

Na tese de doutorado da professora<br />

Ana Paula Simioni, ela descreve bem a<br />

trajetória de preconceito contra as mulheres<br />

na arte. “Somente em 1790, na<br />

Europa, a Academia Real passou a permitir<br />

que mulheres expusessem suas<br />

obras nos salões. Mas o acesso à École<br />

des Beaux-Arts continuou a lhes ser vetado,<br />

assim como ao principal prêmio<br />

do sistema, o Prix de Rome. Artistas<br />

passaram a desfrutar da liberdade de<br />

ex<strong>por</strong> suas obras, mas, em contrapartida,<br />

tornaram-se incapacitadas a competir<br />

naquele que se destacou (sobretudo a<br />

partir de David) como o maior dos gêneros<br />

artísticos: o da pintura de história. Segundo<br />

a nova estética, o corpo masculino<br />

transformara-se em centro simbólico e<br />

figurativo do civismo heróico. Excluídas<br />

das academias, as artistas ficaram impossibilitadas<br />

de se exercitar no gênero,<br />

na medida em que não poderiam estudar<br />

o modelo vivo, central para a figuração<br />

e composição de tais tipos de t<strong>elas</strong>”,<br />

descreve num trecho da tese.<br />

Além de desfavorecidas pelo acesso<br />

desigual à formação artística orientada<br />

pelos padrões machistas da sociedade<br />

naquela época, as mulheres também<br />

sofreram as consequências da crítica,<br />

que era <strong>por</strong>ta voz do pensamento dominante.<br />

“Em 1806, quando novamente uma<br />

mulher artista foi premiada, começouse<br />

a afirmar a noção de que existiria<br />

uma ´temática feminina´, consagrada

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