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Revista Elas por elas 2014

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

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“Passei <strong>por</strong> um processo de silenciamento”<br />

“Silenciei a respeito da minha homossexualidade<br />

dentro de casa <strong>por</strong> cinco<br />

anos”. A declaração, da advogada e militante<br />

feminista Mariana Septimio, de<br />

28 anos, revela o quão é difícil, para<br />

muitos que decidem assumir a homossexualidade,<br />

tratar do assunto entre familiares.<br />

De acordo com relatório feito<br />

pela Secretaria de Direitos Humanos da<br />

Presidência da República, relativo ao<br />

ano de 2012, 25,5% das violações de<br />

direitos humanos de caráter homofóbico<br />

ocorreram nas casas da vítima.<br />

“A primeira violência que a gente<br />

sofre, infelizmente, é na família. Apesar<br />

de eu ser de uma família amorosa e carinhosa,<br />

infelizmente essa questão de<br />

sexualidade é um ponto muito difícil de<br />

ser trabalhado. Há uma posição muito<br />

arraigada na sociedade. Quando conversei<br />

com minha família sobre minha<br />

homossexualidade, foi uma resistência<br />

muito grande. Ouvi falas muito duras,<br />

principalmente <strong>por</strong> parte do meu pai”,<br />

conta Mariana Septimio.<br />

Ainda segundo o relatório, 30,8%<br />

das violações ocorreram na rua, e 5,3%,<br />

no local de trabalho. “Nunca tive receio<br />

de demonstrar afeto, <strong>por</strong> mais que<br />

viessem reações. Verbalmente, já fui<br />

agredida várias vezes. Conheço o relato<br />

de várias amigas que foram convidadas<br />

a se retirarem de bares, <strong>por</strong> demonstrarem<br />

afeto a suas companheiras. Conheço<br />

casos que chegaram até a violência<br />

sexual, o chamado estupro corretivo”,<br />

relata a advogada.<br />

O relatório completo pode ser acessado<br />

na página da Secretaria de Direitos<br />

Humanos da Presidência da República<br />

(www.sdh.gov.br), e qualquer denúncia<br />

de violação de direitos humanos de caráter<br />

homofóbico pode ser feito ao<br />

Disque 100 ou ao Ligue 180.<br />

Mortes<br />

De acordo com levantamento do<br />

Grupo Gay da Bahia (GGB), o Brasil<br />

registrou, no ano passado, 312 assassinatos<br />

de gays, travestis e lésbicas,<br />

uma média de uma morte a cada 28<br />

horas. Segundo a entidade, a realidade<br />

é reflexo da falta de políticas públicas<br />

para garantir a segurança da comunidade<br />

LGBT, e o Brasil continua liderando os<br />

crimes contra homossexuais, com cerca<br />

de 40% dos delitos cometidos no<br />

mundo.<br />

As informações são coletadas nos<br />

meios de comunicação e notificações<br />

de crimes feitas <strong>por</strong> organizações não<br />

governamentais. Ainda de acordo com<br />

a entidade, as lésbicas representam<br />

cerca de 3% do total de homicídios,<br />

mas as pesquisas revelam que <strong>elas</strong> são<br />

mais agredidas e violentadas no ambiente<br />

familiar.<br />

ABr<br />

82

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