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Revista Elas por elas 2014

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

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ARTIGO | <strong>por</strong> Silvia Raquel<br />

Sexo,<br />

prazer proibido<br />

As diversas facetas da mutilação feminina<br />

A consciência do corpo da mulher,<br />

dos seus desejos e da sua autonomia<br />

sempre foi para as sociedades patriarcais,<br />

laicas ou fundamentalistas, uma<br />

ameaça. O que se percebe é que em<br />

todas as sociedades, seja ela qual for,<br />

a mulher é mutilada de diversas formas.<br />

Com a globalização das informações,<br />

nunca tivemos tanto acesso a<br />

notícias sobre as atrocidades exercidas<br />

contra as mulheres em<br />

todo o mundo. Inicialmente<br />

me lembrei das mulheres africanas<br />

que ainda meninas, <strong>por</strong><br />

imposição de seus pais e da sociedade,<br />

sofrem a Ablação –<br />

extirpação do seu órgão sexual.<br />

Segundo dados da ONU,<br />

estima-se que 128 milhões<br />

de mulheres passaram <strong>por</strong><br />

este tipo de procedimento.<br />

Lembrei-me também de<br />

Rawan, a menina de oito<br />

anos que foi vendida pelos<br />

seus pais para “casar” e<br />

morreu com ferimentos no<br />

útero.E da jovem indiana que<br />

foi estuprada <strong>por</strong> doze homens<br />

a título de “penalidade” <strong>por</strong> ter<br />

escolhido manter uma relação<br />

amorosa com um rapaz que não<br />

era de sua aldeia. Como se não<br />

bastasse a irracionalidade das<br />

guerras, as mulheres durantes as<br />

ocupações ainda são vítimas da<br />

violência sexual. Perto de nós, todos<br />

os dias nos deparamos com mais um<br />

caso de violência doméstica resultando<br />

quase diariamente em mortes.<br />

Ainda se mutilam intelectualmente<br />

mulheres em todo o mundo, as privando<br />

da educação básica e via de<br />

consequência mantendo-as em situação<br />

de inteira submissão financeira. O assédio<br />

sexual no local de trabalho ainda<br />

é uma constante depreciando o<br />

papel da mulher no mercado produtivo.<br />

Ao assistir o documen-<br />

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