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Revista Elas por elas 2014

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

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Pesquisa mostra que não<br />

existe diferença no<br />

com<strong>por</strong>tamento reprodutivo<br />

entre as mulheres do PBF<br />

O artigo “O Programa Bolsa Família e as taxas de fecundidade<br />

no Brasil”, de José Eustáquio Diniz Alves e Suzana<br />

Cavenaghi, traz uma interessante análise sobre o tema e cita<br />

dados com base na pesquisa Impactos do Bolsa Família na<br />

Reconfiguração dos Arranjos Familiares, nas Assimetrias de<br />

Gênero e na Individuação das Mulheres, realizada na cidade<br />

do Recife em 2007-2008. A pesquisa mostra que não existe<br />

diferença significativa no com<strong>por</strong>tamento reprodutivo entre<br />

as mulheres que vivem em famílias beneficiadas e não beneficiadas.<br />

Conforme descrevem os autores, a fecundidade mais<br />

elevada entre a população pobre, menos escolarizada, com<br />

menor nível de consumo e piores condições habitacionais é<br />

uma realidade constatada em todas as pesquisas sobre o<br />

com<strong>por</strong>tamento reprodutivo no Brasil. A literatura mostra<br />

que, em grande parte, essa maior fecundidade se deve à<br />

falta de acesso aos serviços de saúde sexual e reprodutiva,<br />

mas também acontece devido à falta de perspectivas profissionais<br />

e educacionais, assim como de um projeto de vida<br />

que possibilite o progresso cultural e material dessas mulheres<br />

jovens.<br />

Os dados da pesquisa também mostram que é alta a<br />

<strong>por</strong>centagem de mulheres que engravidaram sem ter planejado,<br />

independentemente de participarem ou não do PBF. De<br />

certa forma, isso ratifica a hipótese de que essas mulheres<br />

estão no programa <strong>por</strong>que já tinham filhos, e não o contrário,<br />

isto é, tiveram filhos <strong>por</strong>que estão no programa.<br />

O levantamento mostrou ainda que mais da metade das<br />

famílias obtém os métodos contraceptivos <strong>por</strong> meio do Programa<br />

de Saúde da Família (PSF). As outras fontes de<br />

obtenção para as famílias beneficiadas do PBF são os centros<br />

de saúde (ou ambulatórios) e as farmácias particulares, com<br />

17% e 26%, enquanto as famílias não beneficiadas do PBF<br />

conseguem 27% e 20%, respectivamente, nestes dois locais.<br />

O fato de as famílias beneficiadas recorrerem um pouco<br />

mais às farmácias particulares pode indicar que a renda do<br />

PBF pode estar sendo usada inclusive para a compra de<br />

métodos contraceptivos via mercado. Assim, as falhas da<br />

política pública de saúde reprodutiva poderiam estar sendo<br />

compensadas, em parte, pela política de transferência condicionada<br />

de renda.<br />

“É preconceito<br />

achar que o<br />

Bolsa Família<br />

acomoda as<br />

pessoas”<br />

ENTREVISTA<br />

Tereza Campello<br />

A ministra de Desenvolvimento<br />

Social e Combate à Fome<br />

(MDS) fala sobre os impactos do<br />

Programa Bolsa Família para<br />

quebrar o ciclo inter-geracional<br />

da pobreza e ressalta estudos<br />

que apontam a im<strong>por</strong>tância do<br />

benefício no fortalecimento do<br />

protagonismo da mulher.<br />

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