geralda maria maia cordeiro de azevedo ... - FUNEDI – UEMG
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po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>cisivo para a qualida<strong>de</strong> do aprendizado resultante das ativida<strong>de</strong>s<br />
escolares 105 .<br />
Essa autora afirma que o livro didático tem sua importância principalmente aqui no<br />
Brasil on<strong>de</strong> uma precaríssima situação educacional faz com que acabe <strong>de</strong>terminando conteúdo<br />
e condicionando estratégias <strong>de</strong> ensino, marcando, pois, <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>cisiva, o que se ensina e<br />
como se ensina.<br />
Marisa Lajolo ao relatar sobre a história do livro didático e da escola afirma que:<br />
A história do livro didático e da escola brasileira mostra que nem sempre a<br />
relação do professor com o livro didático é esta <strong>de</strong>sejável relação <strong>de</strong><br />
competência e autonomia. A história sugere que a precarieda<strong>de</strong> das<br />
condições <strong>de</strong> exercício do magistério, para boa parte do professorado, é<br />
responsável direta por vários dos <strong>de</strong>sacertos que circundam questões<br />
relativas ao livro didático na escola brasileira 106 .<br />
Nas salas <strong>de</strong> aulas ele apresenta mudanças ao logo <strong>de</strong> sua história, isto é, os mesmos<br />
vêm se sofisticando à medida que os recursos didáticos vêm se <strong>de</strong>senvolvendo, também, com<br />
o auxílio do <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico. Sabe-se que até os anos 60 havia poucas opções <strong>de</strong><br />
livro didático no mercado. E raramente se trocava <strong>de</strong> livro. Isso porque não havia muitas<br />
opções, <strong>de</strong>vido ao custo dos mesmos. Portando, sua durabilida<strong>de</strong> era longa. Com o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento da indústria gráfica, nas últimas décadas do século XX, surgiram muitas<br />
opções <strong>de</strong> edições no mercado, com variadas editoras. Conseqüentemente, a durabilida<strong>de</strong> do<br />
livro diminuiu.<br />
Os impressos didáticos como trataremos também aqui, têm sido objeto <strong>de</strong> pesquisa<br />
que vêm <strong>de</strong>spertando interesse <strong>de</strong> muitos pesquisadores nas últimas décadas, <strong>de</strong>vido à sua<br />
importância na formação e letramento dos estudantes e como suporte didático para os<br />
professores. Como produto cultural, o livro didático começou a ser analisado sob várias<br />
perspectivas, se <strong>de</strong>stacando nos aspectos educativos o seu papel na configuração da escola<br />
contemporânea.<br />
O livro didático é um objeto cultural <strong>de</strong> certa forma contraditório, pois gera intensas<br />
polêmicas e críticas <strong>de</strong> muitos setores, mas tem sido sempre consi<strong>de</strong>rado como um<br />
instrumento fundamental no processo <strong>de</strong> escolarização. O mesmo tem possibilitado <strong>de</strong>bates<br />
nas comunida<strong>de</strong>s escolares, entre educadores, alunos e suas famílias, assim como em<br />
encontros acadêmicos, em artigos <strong>de</strong> jornais, envolvendo autores, editores, autorida<strong>de</strong>s<br />
105<br />
LAJOLO, Marisa. Livro didático: um (quase) manual <strong>de</strong> usuário. Em Aberto, Brasília, ano 16, 69, jan./mar.<br />
1996. (texto), p. 4.<br />
106<br />
Ibi<strong>de</strong>m, p. 7.<br />
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