geralda maria maia cordeiro de azevedo ... - FUNEDI – UEMG
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esultado <strong>de</strong> um trabalho coletivo e mutante que revelam as experiências culturais <strong>de</strong> uma<br />
época. Bakhtin, ao tratar da questão dos gêneros lingüísticos, afirma que cada época e cada<br />
grupo social têm seu repertório <strong>de</strong> formas <strong>de</strong> discurso na comunicação sócio-i<strong>de</strong>ológica 162 .<br />
Para Ângela Belmiro,<br />
A linguagem oral, a escrita e o ciberespaço convivem na socieda<strong>de</strong> e na<br />
cultura, ao lado <strong>de</strong> outras linguagens não verbais constituidoras do sujeito, e<br />
precisam conviver também na escola, que se propõe formadora <strong>de</strong> sujeitos<br />
capazes <strong>de</strong> conhecer o mundo em múltiplas dimensões 163 .<br />
Compreen<strong>de</strong>mos aqui que a escola precisa dialogar com o ciberespaço uma vez que as<br />
linguagens são constituidoras do sujeito, <strong>de</strong> acordo com as Orientações Curriculares. O<br />
ciberespaço é um espaço <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> linguagem. O objetivo da escola é buscar a<br />
“emancipação <strong>de</strong> sujeitos históricos capazes <strong>de</strong> construir seu próprio projeto <strong>de</strong> vida segundo<br />
Maria Cândida Moraes 164 .<br />
Qual seria então a pedagogia que a contemporaneida<strong>de</strong> propõe para se lidar com as<br />
<strong>de</strong>mandas provocadas pelas tecnologias da comunicação? Para isso Renato Rocha Souza<br />
afirma que não é necessária uma nova pedagogia para trabalharmos o aprendizado em<br />
ambientes <strong>de</strong> comunicação mediada por computador, uma vez que po<strong>de</strong>mos contar com<br />
gran<strong>de</strong> parte das orientações presentes nas linhas existentes 165 . O leitor/escritor tem à sua<br />
disposição infinitas orientações para apren<strong>de</strong>r a lidar com o computador e a Internet. O que<br />
implica é a compreensão como essa modalida<strong>de</strong> que envolve gêneros lingüísticos mediáticos<br />
que até então não existiam e que passam a fazer parte do discurso contemporâneo. Esse é o<br />
<strong>de</strong>safio da escola, ou seja, dos educadores.<br />
Percebemos que a escola passa a preocupar-se muito mais com necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se<br />
investir nas práticas convencionais da escrita e leitura. A escrita cursiva e linguagem culta<br />
passam a ser alvo <strong>de</strong> atenção dos educadores. Como po<strong>de</strong> ser verificado na Escola Estadual<br />
Dr. Abílio Machado 166 : <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> serem analisados os aspectos frágeis dos resultados da<br />
162 BAKHTIN, M. (Volochinov) Marxismo e filosofia da linguagem. 7 ed. São Paulo: Hucitec, 1995, p. 43.<br />
163 BELMIRO, Ângela. Fala, escritura e navegação: caminhos da cognição. In COSCARELLI, Carla Viana<br />
(org.). Novas tecnologias, novos textos, novas formas <strong>de</strong> pensar. 2ª ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2003, p.19.<br />
164 MORAES, M. Cândida. O paradigma educacional emergente. Campinas: Papirus, 1997, p. 132.<br />
165 SOUZA, Renato Rocha. Contribuição das teorias pedagógicas <strong>de</strong> aprendizagem na transição do presencial<br />
para o virtual. In COSCARELLI, Carla Viana & RIBEIRO, Ana Elisa (orgs.). Letramento digital: aspectos<br />
sociais e possibilida<strong>de</strong>s pedagógicas. Belo Horizonte: Ceale; Autêntica, 2005, p. 120<br />
166 Uma das escolas on<strong>de</strong> realizamos a pesquisa <strong>de</strong> campo.<br />
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