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geralda maria maia cordeiro de azevedo ... - FUNEDI – UEMG

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De acordo com Thompson, quando os indivíduos usam os meios <strong>de</strong> comunicação,<br />

entram em formas <strong>de</strong> interação que diferem dos tipos <strong>de</strong> interação face a face que<br />

caracterizam a maioria dos nossos encontros quotidianos 148 . Porém, na Internet, os indivíduos<br />

buscam essas interações reais virtualmente. Sobre isso Fernanda Freire cita Umberto Eco<br />

quando ele afirma que a Internet implementou a solidão: as pessoas passaram a trabalhar em<br />

casa e comunicar-se virtualmente. Há uma preocupação em transformar a solidão em<br />

ocasiões 149 . Com as múltiplas possibilida<strong>de</strong>s e recursos que as tecnologias da comunicação<br />

possibilitam, percebemos que jamais se escreveu, comunicou e leu tanto. A comunicação e a<br />

interlocução entre os indivíduos acontecem mais virtual do que presencialmente. Com isso, as<br />

pessoas interagem, se conhecem primeiro através da palavra escrita. As relações e<br />

interlocuções acontecem muito mais virtualmente do que presencialmente. Essa realida<strong>de</strong> gera<br />

certo mal estar, certa nostalgia cujas conseqüências, a princípio, são imprevisíveis.<br />

Observamos que o mundo atual, em que vivemos é múltiplo, <strong>de</strong>nso, fragmentado e<br />

marcado pela pluralida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecimentos, informações, tecnologias, que se disseminam<br />

cada vez mais rapidamente. Há estudiosos que acreditam que o mo<strong>de</strong>lo hipertextual <strong>de</strong><br />

simultaneida<strong>de</strong> e não linearida<strong>de</strong> apresenta uma forma <strong>de</strong> leitura e escrita mais próxima do<br />

nosso próprio esquema mental <strong>de</strong> pensamento, uma vez que esse não apresenta limites para<br />

atribuições <strong>de</strong> sentido às palavras.<br />

Sobre os gêneros discursivos do ciberespaço, sabemos que as práticas mais atraentes<br />

têm sido as que acontecem em tempo simultâneo, semelhante à conversa face a face, a<br />

conversa escrita, principalmente pelos jovens. Na opinião <strong>de</strong> alguns professores pesquisados,<br />

essas práticas <strong>de</strong> leitura e escrita, em certos momentos, apresentam controvérsias frente à<br />

prática <strong>de</strong> leitura e escrita convencional dos espaços escolares. Há os mais entusiasmados que<br />

afirmam que o uso do hipertexto na escola aperfeiçoaria a cognição, alterando o modo <strong>de</strong><br />

pensar das pessoas. Por outro lado há os que vêem isso como euforia e pon<strong>de</strong>ram-se diante<br />

<strong>de</strong>ssa novida<strong>de</strong>.<br />

2.3 Análises <strong>de</strong> práticas <strong>de</strong> escrita e leitura observadas no MSN Messenger e<br />

Orkut<br />

148<br />

THOMPSON, John B. A mídia e a mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>: uma teoria social da mídia: 3ª Edição Petrópolis, RJ:<br />

Vozes, 2001, p.13-14.<br />

149<br />

FREIRE, Fernanda M. A palavra (re)escrita e (re)lida via Internet. In SILVA, Ezequiel Theodoro da<br />

(coord.). A leitura nos oceanos da Internet. São Paulo: Cortez, 2003, p. 21.<br />

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