geralda maria maia cordeiro de azevedo ... - FUNEDI – UEMG
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expressar, com criativida<strong>de</strong> e ousadia, a sua escrita, é o lugar on<strong>de</strong> quebram a norma padrão<br />
da escrita, usam ícones, emoticons, smiles, elementos paralingüísticos, oralida<strong>de</strong>, etc..<br />
Destacamos algumas respostas dos estudantes como: é on<strong>de</strong> eu entro na internet com mais<br />
freqüência / escrevo do jeito que falo não me preocupo / pois são amigos / lá é on<strong>de</strong> posso<br />
escrever como quiser / todos vão me enten<strong>de</strong>r / me sinto mais à vonta<strong>de</strong> e é mais rápido, lá<br />
posso me expressar <strong>de</strong> várias formas, posso escrever do meu modo / que meus colegas<br />
enten<strong>de</strong>rão / porque com amigos a criativida<strong>de</strong> se solta mais / porque é instantâneo daí tenho<br />
que ser rápido, por isso nem ligo com a forma da escrita / porque eu converso com meus<br />
colegas e ao mesmo tempo escrevo.<br />
Depois da invenção do MSN Messenger, os Chats per<strong>de</strong>ram um pouco do prestígio. O<br />
MSN Messenger é também o espaço que mais apresenta discussões e preocupações quanto à<br />
modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escrita que po<strong>de</strong>ria modificar ou interferir no uso da escrita convencional.<br />
Conforme Else Martins é aon<strong>de</strong>, com mais evidência, as tecnologias das comunicações vêm<br />
instaurando novas formas <strong>de</strong> comunicação e o aperfeiçoamento das já existentes. Os<br />
elementos paralingüísticos servem <strong>de</strong> pretexto para acusar a escrita on-line <strong>de</strong> vilã da falência<br />
da escrita da Língua Portuguesa 207 . Porém há que se consi<strong>de</strong>rar que esse fenômeno na escrita<br />
não ocorre somente na Língua Portuguesa. Portando, se isso for consi<strong>de</strong>rado como ameaça à<br />
língua portuguesa po<strong>de</strong>ria ser também uma ameaça a outras línguas que, também, no<br />
ciberespaço, lançam mão <strong>de</strong> recursos semelhantes aos usados na Língua Portuguesa.<br />
Se os estudantes pesquisados lêem todas as mensagens que recebem do início ao<br />
fim 208 . Buscamos saber como eles lidam com os textos que recebem no ciberespaço da<br />
Internet, uma vez que observamos que as trocas <strong>de</strong> informação são intensas e se apresentam<br />
com muita diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apresentação <strong>de</strong> textos. Verificamos que 50,0% afirmaram que<br />
lêem e em seguida 38,0% alegaram que superficialmente. Portanto não sabemos se há<br />
qualida<strong>de</strong> nesse tipo <strong>de</strong> leitura e se há aquisição <strong>de</strong> conhecimento a partir <strong>de</strong>ssas leituras.<br />
Sobre o que mudou na escrita dos estudantes pesquisados ao fazerem uso da<br />
leitura/escrita digital 209 , verificamos que existem controvérsias, pois, há os que alegam que<br />
houve mudanças para pior, outros alegam que as mudanças foram para melhor e os que<br />
alegam, não houve mudanças. E sobre isso Else Martins, afirma que percebemos poucas<br />
características da linguagem dos chats nos textos escritos <strong>de</strong> seus alunos. Ela acredita que as<br />
207 SANTOS, Else Martins dos. In COSCARELLI, Carla Viana e RIBEIRO, Ana Elisa (orgs.). Letramento<br />
digital: aspectos sociais e possibilida<strong>de</strong>s pedagógicas. Belo Horizonte: Ceale; Autêntica, 2005, p. 152.<br />
208 Cf. Anexo E Gráfico e Tabela Anexo F.<br />
209 Cf. Anexo E Gráfico e Tabela Anexo F<br />
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