geralda maria maia cordeiro de azevedo ... - FUNEDI – UEMG
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atualida<strong>de</strong>, há uma <strong>de</strong>pendência total do homem em relação à máquina e à tecnologia, para<br />
sobreviver 115 . E Otacílio J. Ribeiro afirma que, o mundo é marcado pela inteligência<br />
artificial, o homem ce<strong>de</strong> espaço para a construção <strong>de</strong> um sujeito coletivo 116 .<br />
A socieda<strong>de</strong> marcada pela emergência digital/virtual que apresenta com outras formas<br />
<strong>de</strong> práticas <strong>de</strong> leitura e escrita. O letramento digital passa a ser um problema social. Ao<br />
tratarrmos sobre letramento digital, cabe uma <strong>de</strong>finição para o mesmo. De acordo com Magda<br />
Soares, letrar é mais que alfabetizar, é ensinar a ler e escrever <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um contexto no qual a<br />
escrita e a leitura tenham sentido e façam parte da vida das pessoas 117 .<br />
Emilia Ferreiro afirma que a alfabetização não é um estado, mas um processo. Ela tem<br />
início bem cedo e nunca termina. Nós não somos igualmente alfabetizados para qualquer<br />
situação <strong>de</strong> uso da língua escrita. Temos mais facilida<strong>de</strong> para ler <strong>de</strong>terminados textos e<br />
evitamos outros. O conceito também muda <strong>de</strong> acordo com as épocas, as culturas e a chegada<br />
da tecnologia 118 .<br />
De acordo com Emilia Ferreiro, acreditamos que há sempre <strong>de</strong>mandas <strong>de</strong> aprendizado<br />
no que tange a práticas <strong>de</strong> leitura e escrita, uma vez que a cultura e as tecnologias estão em<br />
constante mutação.<br />
Há uma gran<strong>de</strong> preocupação entre os educadores com relação às práticas <strong>de</strong> leitura e<br />
escrita dos estudantes. Muitos chegam a afirmar que eles escrevem e lêem menos. Sobre essa<br />
realida<strong>de</strong> Roger Chartier discorda quando afirma que hoje se lê mais do que nos anos 1950,<br />
porque o computador não é apenas um novo veículo para imagens ou jogos. Ele é responsável<br />
também pela multiplicação da presença do escritor nas socieda<strong>de</strong>s contemporâneas. No<br />
computador tanto se po<strong>de</strong> ler os clássicos como as publicações acadêmicas e revistas em<br />
geral. Po<strong>de</strong>m não ser necessariamente leituras, enriquecedoras, mas são leituras 119 .<br />
Nesta perspectiva, ocorre-nos se seriam as práticas <strong>de</strong> leituras e escrita que acontecem<br />
nos espaços escolares, suficientes para o letramento dos alunos. De acordo com Roger<br />
Chartier, refletir sobre as revoluções do livro e, mais amplamente, sobre os usos da escrita, é<br />
115<br />
LÉVY, Pierre. O que é virtual. 6ª ed. São Paulo - SP: Editora 34, 2003.<br />
116<br />
RIBEIRO, Otacílio José. Educação e Socieda<strong>de</strong> da informação in COSCARELLI, Carla e RIBEIRO, Ana<br />
Elisa (ORGS). Letramento digital: aspectos sociais e possibilida<strong>de</strong>s pedagógicas. Belo Horizonte: Ceale;<br />
Autêntica, 2005, p. 85.<br />
117<br />
Ver mais sobre letramento em: SOARES, Magda Becker. O que é letramento, Diário na Escola, Diário<br />
Gran<strong>de</strong> ABC, Santo André, 2003.<br />
118<br />
Ver FERREIRO, Emilia. Alfabetização e cultura da escrita no site:<br />
http://novaescola.abril.com.br/ed/162_mai03/html/falamestre.htm Acessado dia 17/011/07.<br />
119<br />
http://pphp.uol.com.br/tropico/html/textos/2479,1.shl . Entrevista à Isabel Lustosa. Acessada 20/03/07.<br />
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