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236 | Jogos de Leitura e Escrita para Aprender a Ler<br />

A importância da consciência da palavra para a aprendizagem da leitura<br />

Quando iniciam a vida escolar, as crianças ainda não desenvolveram a sua compreensão<br />

do que é uma palavra.<br />

Ao compreender que as palavras que constituem os enunciados são unidades separadas<br />

umas das outras e que se trata de “rótulos” fonológicos arbitrários e autónomos em relação<br />

aos referentes, a criança está a desenvolver conhecimentos que facilitarão o processo<br />

de aprendizagem da leitura (como a apreensão das correspondências entre as palavras orais<br />

e escritas). Por sua vez, o contacto com a linguagem escrita e a manipulação das unidades<br />

gráficas contribuem para a tomada de consciência do conceito de palavra (num enunciado<br />

escrito é mais fácil para as crianças tomarem consciência do número de palavras do que numa<br />

verbalização oral, na medida em que, no primeiro caso, as palavras são apresentadas num suporte<br />

físico concreto e separadas por espaços, enquanto na linguagem oral as palavras apresentam-se<br />

encadeadas).<br />

Assim, tal como se verifica para a consciência fonológica, também a relação entre a consciência<br />

de palavra e a aprendizagem da leitura parece ser de natureza interactiva.<br />

Princípios orientadores de intervenção no domínio da consciência da palavra<br />

Para facilitar a aquisição da noção de palavra dentro das frases, podem ser propostas às crianças<br />

actividades lúdicas em que lhes é pedido que indiquem o número de palavras de um determinado<br />

enunciado oral ou escrito, por exemplo, lengalengas, canções ou histórias.<br />

Consciência sintáctica<br />

A consciência sintáctica designa a capacidade de pensar a organização gramatical das frases<br />

considerando aspectos da sintaxe (regras para a construção de uma frase) e da semântica.<br />

Assim, esta capacidade reflecte-se na habilidade para ajuizar acerca da agramaticalidade de<br />

um enunciado e proceder conscientemente à sua correcção. Para que esta reflexão seja possível,<br />

é necessário que a criança consiga distanciar-se da linguagem escrita, de modo a fazer uma<br />

análise consciente das estruturas linguísticas.<br />

As crianças em idade pré-escolar demonstram dificuldades em realizar tarefas que mobilizem<br />

este tipo de competências, ou seja, em corrigir um enunciado e explicar as razões subjacentes<br />

à correcção.<br />

Mesmo que se verifiquem alguns comportamentos correctivos precoces, sugerindo que as<br />

crianças possuem desde cedo uma sensibilidade intuitiva em relação à estrutura frásica, vários<br />

estudos revelam que as crianças mais novas, mais do que aos aspectos formais da gramática,<br />

são sensíveis ao sentido ou não sentido do enunciado, rejeitando as frases “tontas”.<br />

A maioria dos estudos parece avaliar a relação entre consciência sintáctica e desempenho<br />

na leitura.

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