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O TeaTrO GreGO em COnTexTO de represenTaçãO - Universidade ...

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O <strong>TeaTrO</strong> <strong>GreGO</strong> <strong>em</strong> <strong>COnTexTO</strong> <strong>de</strong> <strong>represenTaçãO</strong><br />

habitualmente, os mesmos foss<strong>em</strong> breves e muito sumários.<br />

Em Eurípi<strong>de</strong>s, a exodos parecia não ser muito importante, já<br />

que exist<strong>em</strong> pelo menos três peças – a Alceste, a Me<strong>de</strong>ia e as<br />

Bacantes – que terminam praticamente da mesma forma.<br />

Na comédia, e nomeadamente <strong>em</strong> Aristófanes, era frequen‑<br />

te as peças terminar<strong>em</strong> <strong>de</strong> uma forma hilariante, tal como<br />

também geralmente começavam, através <strong>de</strong> um festejo ou <strong>de</strong><br />

uma espécie <strong>de</strong> orgia, típicos do komos, que conjugava coro<br />

e atores. Ex<strong>em</strong>plos disso são os Acarnenses, os Cavaleiros, as<br />

Vespas, a Paz, a Lisístrata, as Mulheres na Ass<strong>em</strong>bleia e as Rãs.<br />

Segundo D’Arnott (1989: 39), há algumas evidências relativas à<br />

existência <strong>de</strong> um komos pré‑dramático, até pela possível orig<strong>em</strong><br />

etimológica da palavra ‘comédia’, proveniente da junção dos<br />

vocábulos, komos e o<strong>de</strong> ‘canção’. De qualquer forma, e ainda na<br />

opinião do autor, esses finais festivos serviam sobretudo para<br />

marcar o termo das peças, <strong>de</strong> uma forma apoteótica, já que<br />

não se podia recorrer a mecanismos mo<strong>de</strong>rnos, como baixar o<br />

pano ou apagar as luzes, para indicar essa situação.<br />

6.6.1 - Dança<br />

Ainda que se <strong>de</strong>sconheça a natureza precisa da dança dos<br />

coros gregos, é no entanto possível retirar<strong>em</strong>‑se algumas con‑<br />

clusões a partir da substância da música, da observação <strong>de</strong><br />

vasos gregos que contêm representações <strong>de</strong> danças corais 63 e<br />

dos próprios esqu<strong>em</strong>as métricos, <strong>em</strong>bora seja difícil associar<br />

esqu<strong>em</strong>as métricos específicos a <strong>de</strong>terminados movimentos.<br />

Assim, há indícios que permit<strong>em</strong> afirmar que, tal como os<br />

atores, o coro executava também danças miméticas e expressivas<br />

e, por isso, é expectável que quando o coro, cantando, se refe‑<br />

risse, por ex<strong>em</strong>plo, a rituais <strong>de</strong> luto ou a forças da natureza, os<br />

coreutas realizass<strong>em</strong> gestos i<strong>de</strong>ntificativos e ilustrativos <strong>de</strong>ssas<br />

realida<strong>de</strong>s. Tal como acontecia com o canto, o movimento do<br />

coro ocorria, geralmente, <strong>em</strong> uníssono, <strong>em</strong>bora fosse provável<br />

existir<strong>em</strong> também danças a solo, enquanto os outros el<strong>em</strong>en‑<br />

tos permaneceriam com um ritmo base. Quando, como era<br />

frequente, o coro se <strong>de</strong>sdobrava <strong>em</strong> dois e meta<strong>de</strong> cantava e<br />

a outra dançava, estes últimos executavam um conjunto <strong>de</strong><br />

122<br />

63 Ex<strong>em</strong>plo disso é o vaso Basileia. Vi<strong>de</strong> supra cap. 3, n. 37.

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