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O TeaTrO GreGO em COnTexTO de represenTaçãO - Universidade ...

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O <strong>TeaTrO</strong> <strong>GreGO</strong> <strong>em</strong> <strong>COnTexTO</strong> <strong>de</strong> <strong>represenTaçãO</strong><br />

apenas dos primeiros t<strong>em</strong>pos, quando as cerimónias rituais e as<br />

danças constituíam o cerne do culto báquico, mas que, quando<br />

os poetas substituíram os sacerdotes e os dançarinos, então as<br />

palavras passaram a ocupar um lugar <strong>de</strong> eleição.<br />

Era pois por intermédio das palavras que os espectadores,<br />

principalmente os mais distanciados, se apercebiam <strong>de</strong> qu<strong>em</strong><br />

entrava <strong>em</strong> cena (através do anúncio do nome pelo próprio ou<br />

por outro interveniente já <strong>em</strong> cena), <strong>de</strong> qu<strong>em</strong> falava (porque<br />

existiam paralelismos convencionais no esqu<strong>em</strong>a do discurso<br />

que permitiam ao espectador <strong>de</strong>tetar a alternância <strong>de</strong> <strong>em</strong>is‑<br />

sor) e, muitas vezes, <strong>de</strong> como era o cenário que tinha <strong>de</strong> ser<br />

i<strong>de</strong>alizado (já que, na impraticabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se colocar <strong>em</strong><br />

cena todas as referências materiais e/ ou todos os a<strong>de</strong>reços,<br />

as palavras cumpriam o papel <strong>de</strong> estimular a imaginação da<br />

audiência e conduzi‑la para o ambiente que a peça requisita‑<br />

va). Eram também as palavras o motor que impulsionava as<br />

<strong>em</strong>oções e os sentimentos que, através do teatro, se pretendia<br />

que os espectadores atingiss<strong>em</strong> – a compaixão (eleos) e o t<strong>em</strong>or<br />

(phobos) 47 – <strong>de</strong> forma a que a catarse (katharsis) das paixões<br />

(path<strong>em</strong>ata) fosse plena.<br />

136<br />

47 Vi<strong>de</strong> Aristóteles, Poética, 6.1449b27‑8.

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