Dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras
Dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras
Dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Pero escribir e trabajar; ser trabajado; (<strong>em</strong>) el entre, cuestotionar (y<br />
<strong>de</strong>jarse cuestionar) el processo <strong>de</strong>l mismo y <strong>de</strong>l outro sin e que nada<br />
está vivo; <strong>de</strong>shacer el rabajo <strong>de</strong> la muerte, <strong>de</strong>seando el conjunto <strong>de</strong><br />
uno-con-el-otro, dinamizando al infito por un incesante intercambio<br />
entre un sujeto y otro; sólo se conocen y se reinician a partir <strong>de</strong> lomás<br />
lejano – <strong>de</strong> si mismo, <strong>de</strong>l otro en mí. Recorrido multiplicador <strong>de</strong><br />
miles <strong>de</strong> transformaciones. [...] Pero, es esto especificamente<br />
f<strong>em</strong>inino? La lógica paradójica <strong>de</strong> la economía sin reservas ha sido<br />
escrita, <strong>de</strong>scrita, teorizada por los hombres. Que así sea no es<br />
contradictorio: eso nos lleva <strong>de</strong> nuevo a cuestionar su f<strong>em</strong>inidad.<br />
Raros son los hombres que pue<strong>de</strong>n aventurarse al extr<strong>em</strong>o en que la<br />
insustancia fálica, don<strong>de</strong> la subjetividad que inscribe sus e<strong>de</strong>ctos se<br />
f<strong>em</strong>iniza. Don<strong>de</strong> tiene lugar la diferencia en la escritura? Si existe<br />
diferencia, radica en los gastos, <strong>de</strong> la valoración <strong>de</strong> lo proprio, en la<br />
manera <strong>de</strong> pensar lo no-mismo, (CIXOUS, 1995, p. 47).<br />
Concordamos com Kristeva e Cixous, e acreditamos também que homens e<br />
mulheres po<strong>de</strong>m produzir uma escrita masculina, uma vez que tais características<br />
provindas do processo <strong>de</strong> historicização social muitas vezes acabam por <strong>de</strong>terminar as<br />
linhas <strong>de</strong> pensamento e ação, assim como Bourdieu (2007) explica acerca da<br />
incorporação da i<strong>de</strong>ologia dominante.<br />
Sendo assim, a construção do f<strong>em</strong>inino não é exclusiva da autoria f<strong>em</strong>inina. É<br />
nisso que verificamos a escrita <strong>de</strong> Macedo, <strong>em</strong> Pedro e Paula (1998): uma autoria<br />
masculina colocando <strong>em</strong> evidência a voz f<strong>em</strong>inina. Paralelamente a isso, há marcas<br />
masculinas na construção da voz <strong>de</strong> Paula, regida sob a narração <strong>de</strong> Hel<strong>de</strong>r, como a<br />
indicação dos corpos, <strong>em</strong> Paula, inclusive quando confessa a sedução que essa<br />
personag<strong>em</strong> causava nele; mas verificamos também a cumplicida<strong>de</strong> com o f<strong>em</strong>inismo,<br />
conforme vimos, por meio do discurso, quando constrói as características <strong>de</strong>ssa<br />
personag<strong>em</strong> f<strong>em</strong>inina. A forma com que Hel<strong>de</strong>r narra a história, cheia <strong>de</strong> suposições e<br />
incertezas, acaba por produzir expectativas masculinas quando observamos a construção<br />
da voz <strong>de</strong> Paula, porém o f<strong>em</strong>inino não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser colocado <strong>em</strong> plano singular, que<br />
resulta na alterida<strong>de</strong> da personag<strong>em</strong>.<br />
Bourdieu, Kristeva e Cixous <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m que homens e mulheres têm seus fatores<br />
<strong>de</strong> diferenciação, e com isso a individualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>s(historicizada), libertada das<br />
i<strong>de</strong>ologias provindas <strong>de</strong> todo um processo sócio-histórico, enquanto Bakhtin reitera,<br />
88