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PACIENTE INTERNADO NO HOSPITAL, - Teses FIOCRUZ

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fora tá difícil, deixamos de comer carne para comprar remédio. Carne é<br />

necessário, é básico”.<br />

“Tenho um bom médico, ele é muito bom comigo. Até os faxineiros são<br />

legais comigo. Toda vez tenho uma boa consulta. Todo remédio que ele me passa<br />

eu já fico legal. A doutora [fulana] passou remédios tão caros que não pude<br />

comprar. Não é legal. Bactrim que é mais barato não tem aqui”.<br />

“Influencia a gente ser positivo e não ser negativo. Dizer que estamos<br />

sempre bem que vai melhorar, seguir medicação, não abusar bebendo e se<br />

alimentar corretamente”.<br />

“Quando internei, falaram que era para operar ou drenar o testículo<br />

esquerdo. Agora acharam um pequeno problema, um cansaço. Então passaram<br />

nebulização e remédio que não posso comprar lá fora”.<br />

“Difícil, a morte porque a gente sofre de insônia quando o paciente no<br />

mesmo quarto está passando mal, e não se consegue dormir e não vê a noite<br />

passar, e com isso os enfermeiros não podem atender a gente melhor. Melhor<br />

momento é o das visitas, do lanchinho, a conversa distrái a gente esquece um<br />

pouco o hospital, entra em detalhes das coisas que estão acontecendo na nossa<br />

vida lá fora. Você trouxe um contato diferente das pessoas daqui do hospital. É<br />

uma surpresa, uma novidade. Isso é muito bom, mesmo sendo visita de um<br />

desconhecido até o colega do lado com as duas visitas dele filhas de Santo dele”.<br />

[Pelo celular ele dá dicas como subir para a visita que está lá embaixo na<br />

recepção. Tenta falar com enfermeira do andar para liberar a visita dele para<br />

subir].<br />

“Só chorei na primeira internação, por não ter visita, me senti abandonado,<br />

sozinho. E por meus parentes saberem da minha doença e não virem me visitar,<br />

só minha mãe e meu tio. Minha mãe uma vez e foi pra me levar pra casa. Ela não<br />

veio mais vezes por ser inexperiente, medo de se perder, por isso veio com uma<br />

irmã grávida, sem condições financeiras”.<br />

“Participei por me agradar, por ser um trabalho bom, que busca fazer o<br />

melhor, saber que não ia me prejudicar nada, que não ia me complicar e nem a<br />

você... Desejo a você boa entrada nos seus trabalhos. Se precisar de mais<br />

detalhes pode me procurar que te passarei”.<br />

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