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PACIENTE INTERNADO NO HOSPITAL, - Teses FIOCRUZ

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primeiro mundo, parece aquele que mostra nos Estados Unidos... É importante também<br />

a presença humana, a atenção, enfermagem vinte e quatro horas por dia, quem dera!”.<br />

A finalidade primordial no hospital é o atendimento e o cuidado do paciente como<br />

pessoa. “Nenhum complexo tecnológico poderá jamais substituir a capacidade humana<br />

de formar aquele outro complexo, o de pessoas, diversificadas em suas características<br />

individuais...”, diz Mezomo (1979:13).<br />

Boff (1999:11) chama nossa atenção para o paradoxo em nossa sociedade<br />

afirmando que “a sociedade contemporânea, chamada sociedade do conhecimento e<br />

da comunicação, está criando, contraditoriamente, cada vez mais incomunicação e<br />

solidão entre as pessoas... O mundo virtual criou um novo habitat para o ser humano,<br />

caracterizado pelo encapsulamento sobre si mesmo e pela falta do toque, do tato e do<br />

contato humano”.<br />

Valadares (2000:86) assevera: “o mundialismo é uma faca de dois gumes pois se<br />

permite a divulgação e a luta por causas justas, também promove domínios,<br />

dependências e paralisias”. E prossegue: “sabemos que a evolução da ciência não está<br />

permitindo a inclusão, e, ao contrário, cada vez mais produz distâncias. E que o<br />

aprofundamento nos saberes fragmentários tem levado à afastamentos, isolamentos.”<br />

Como acontece em toda instituição, o hospital também foi sugado pela turbina do<br />

capitalismo. Lembra Valadares (2000:86): “a turbina acionada na origem do capitalismo<br />

moderno, ainda não parou de devorar todo o ar que encontra pela frente... A lógica<br />

econômica, com seu ímpeto transformador e homogeneizador, é incompatível com a<br />

diversidade”.<br />

As rotinas que presenciamos no dia a dia, e após anos em muitos momentos<br />

diante de determinadas situações limítrofes nos “formoliza”, somos transformados em<br />

repetidores. Passamos a achar que é desta forma e não pode ser diferente. A<br />

robotização nos paralisa e impede que nossa inventividade se faça presente,<br />

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